Justiça manda soltar gerente de banco e outros suspeitos presos por golpe com empréstimos
O Poder Judiciário mandou soltar a gerente de banco e outros seis homens suspeitos de aplicar golpes com empréstimos. Eles foram presos na terça-feira (6).
Na decisão, também se estabeleceu que o grupo precisa cumprir as seguintes medidas cautelares:
- Comparecimento mensal em juízo;
- Proibição de sair do Rio de Janeiro por mais de dez dias sem autorização judicial.
Segundo as investigações da 10ª DP (Botafogo), a quadrilha repassava CPFs (cadastros de pessoa física) para a gerente Helena Pereira Augusto, que avaliava se poderia abrir conta os nomes.
Com as contas criadas, o bando pedia empréstimos, e o dinheiro era dividido. Os sete vão responder por tentativa de estelionato, associação criminosa e uso de documento falso.
Em nota no dia da prisão, a defesa da gerente Helena Augusto repudiou e negou as informações da polícia, e disse que a prisão da funcionária foi ilegal (veja a íntegra da nota mais abaixo).
“É preciso restabelecer a verdade. Crimes patrimoniais que causam prejuízo à população são graves e merecem ser punidos. Contudo, exige-se das autoridades públicas muita cautela, serenidade e uma competente investigação para identificação correta dos criminosos”, afirmou o criminalista Carlos André Franco Marques Viana.
Até a última atualização desta reportagem, o g1 não tinha conseguido contato com as defesas dos outros presos.
Íntegra da nota da defesa de Helena Augusto:
“A Defesa Técnica de Helena Augusto vêm a público, nesta data, repudiar e negar, com veemência, os fatos noticiados que culminaram com sua ilegal prisão.
É preciso restabelecer a verdade. Crimes patrimoniais que causam prejuízo à população são graves e merecem ser punidos. Contudo, exige-se das autoridades públicas muita cautela, serenidade e uma competente investigação para identificação correta dos criminosos.
O que se verificou na data de ontem foi uma atabalhoada operação policial, sem qualquer investigação prévia vindo a prender de forma extremamente ilegal a gerente do banco que trabalhava e é totalmente inocente.
Embora seja uma medida desproporcional a vítima do delito foi presa como se o tivesse cometido o crime. Sem provas e sem nenhum indício de tal conduta.
Helena é uma funcionará exemplar e durante todo o procedimento os demais gerentes e colaboradores do banco prestavam apoio, sem acreditar na fantasiosa versão de que auxiliava a suposta quadrilha na abertura de contas bancárias.
São quase 09 anos de trabalho incansável, sem apresentar uma reclamação administrativa ou qualquer mácula que desabone sua conduta. Possui excelente desempenho técnico o qual foi ratificado por sua gerente geral em depoimento colhido na própria Delegacia.
Eventuais fraudes realizadas pela suposta quadrilha não foram investigadas e, pior, não guardam qualquer relação com a gerente bancária, a qual, diante do ofício praticado, apenas cumpria os protocolos de segurança bancária. Não existe nenhuma condição de participação ou facilitação para qualquer tipo de fraude e isso ficará devidamente esclarecido e provado nos autos do processo.
Está ocorrendo tamanha injustiça. Estamos nesse momento nos dirigindo ao Plantão Judiciário em busca do relaxamento dessa prisão ilegal.