Justiça condena Eduardo Cunha a mais 15 anos de prisão na Lava Jato - Tribuna NF

Justiça condena Eduardo Cunha a mais 15 anos de prisão na Lava Jato

O juiz Luiz Antonio Bonat condenou Eduardo Cunha a 15 anos e 11 meses de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-presidente da Câmara foi acusado de receber propina de R$ 1,5 milhão, entre 2012 e 2014, em contratos da Petrobras para compra de dois navios-sonda.

O valor do contrato com a Samsung Heavy Industries era de US$ 1,2 bilhão. A propina foi paga por Julio Camargo, representante do estaleiro sul-coreano, e acertada com o então diretor Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, com intermediação de Fernando Baiano.

O dinheiro, segundo o Ministério Público Federal, foi depositado em contas de offshores, repassado por meio de doações simuladas à Igreja Evangélica Assembleia de Deus e no pagamento de voos fretados.

Ao fixar a pena, Bonat destacou o fato de que Cunha era deputado à época dos fatos.

“O condenado realizou condutas de ocultação e dissimulação, entre 2012 a 2014, quando no exercício do mandato de Deputado Federal. A responsabilidade de um parlamentar federal é expressiva e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Ademais, traiu o voto de confiança que recebeu do povo para obter ganho próprio. Soma-se a isso o nível de instrução, que é indicativo de ter plena consciência dos atos irregulares praticados. Agiu, portanto, com culpabilidade extremada, o que também deve ser valorado negativamente.”

Além dessa condenação, Cunha já foi condenado a 24 anos de prisão, por corrupção, lavagem e violação de sigilo funcional por desvios do FI-FGTS na Caixa; e a mais 14 anos por corrupção, lavagem e evasão de divisas, por propina recebida na compra de um poço de petróleo em Benin.

Preso em 2016, o ex-deputado conseguiu em março direito à prisão domiciliar, em razão da pandemia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *