Justiça autoriza quebra de sigilo do telefone de Letycia Peixoto
O juiz Adones Henrique Silva Ambrosio Vieira, titular da 1ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes ordenou a quebra de sigilo telefônico de Letycia Peixoto Fonseca, assassinada aos oito meses de gravidez, em março, na cidade da região Norte do estado. A decisão consta de despacho expedido na quinta-feira, pouco antes da primeira audiência de instrução do caso. A quebra atende a pedido da defesa de Diogo Viola de Nadai, ex-companheiro de Letycia e apontado como mandante do crime, e abrange o período de 2 de fevereiro a 10 de março de 2023. O objetivo é saber se a vítima “recebeu mensagens de cunho ameaçador” no período.
No mesmo despacho, o juiz determina ainda a quebra do sigilo bancário do réu Gabriel Machado Leite e determina a apreensão de imagens de câmeras de segurança de uma farmácia da cidade. No documento, o juiz nega o pedido das defesas de Diogo, Gabriel e Dayson dos Santos Nascimento pela rejeição da denúncia apresentada pelo MP por considerar que “há evidente justa causa para a deflagração da ação penal”. Além dos três, também são acusados do crime João Gabriel Ferreira Tavares, Fabiano Conceição Silva e uma sexta pessoa ainda não identificada.
Antes do início da audiência de instrução do caso, parentes e amigos de Letycia realizaram um ato em frente ao fórum campista pedindo por Justiça com cartazes e palavras de ordem. A audiência durou quase seis horas e só terminou por volta das 19h30.
A primeira a ser ouvida foi a mãe de Letycia, Cintia Pessanha Peixoto Fonseca ela própria também vítima no caso, já que levou um tiro dos criminosos ao presenciar e tentar impedir o assassinato. A delegada Natália Patrão, titular da 134ª DP (Campos) responsável pela investigação, também depôs. Além das duas, dezenove testemunhas de acusação estavam presentes, entre as quais a esposa de Diogo.
Após o depoimento da esposa de Gabriel, o juiz determinou a imediata apreensão e quebra de sigilo do celular dela a pedido da defesa de Diogo.
Fonte: O Globo