Garotas de programa podem estar no epicentro de um grave homicídio em Mato Grosso com repercussão em venda de sentença
“Agência de Espionagem” usava serviços de garotas de programa para “atrair” políticos e membros do judiciário, revela investigação
Nesta quarta-feira (28), a Polícia Federal deflagrou uma operação autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), para investigar um suposto esquema de venda de sentenças envolvendo o Superior Tribunal de Justiça (STJ). A ação teve início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto com dez tiros em 2023 em Cuiabá. Segundo as investigações, ele era o elo entre juízes e quem pagava por decisões judiciais favoráveis.
O caso revelou a existência de um grupo criminoso, descrito como uma “agência de espionagem e extermínio”, formado por militares da ativa e da reserva, que usava armamento pesado e drones para monitorar autoridades. O grupo mantinha uma tabela com valores cobrados para espionar figuras públicas: R$ 50 mil por pessoas comuns, R$ 100 mil por deputados, R$ 150 mil por senadores e até R$ 250 mil por ministros do Supremo e integrantes do Judiciário. A apuração é de Daniela Lima, da GloboNews.
As anotações encontradas também mencionam o nome do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Os materiais indicam gastos com disfarces, aluguel de imóveis, uso de profissionais do sexo como “iscas” e equipamentos de espionagem de uso restrito.
A operação é independente de outros inquéritos em curso sobre tentativa de golpe de Estado. Já há juízes afastados em estados como São Paulo, Bahia e Mato Grosso, além de cinco gabinetes do STJ sob suspeita.
A sétima fase da operação que apura o assassinato do advogado resultou no cumprimento de cinco mandados de prisão, seis de busca e apreensão e quatro ordens de monitoramento eletrônico.
Fonte: Redação Tribuna NF com informações GloboNews.
