Freixo se filia ao PT e diz que Paes pode ser nome de consenso para eleição no Rio em 2024
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, assinou sua ficha de filiação ao PT, nesta sexta-feira, e prometeu não sair do partido “nunca mais”. O político que disputou o governo do estado do Rio de Janeiro pelo PSB no ano passado — e saiu derrotado — defendeu que a estratégia petista para as eleições em 2024 deve ser formar frentes amplas com outras legendas.
Na capital fluminense, Freixo disse que uma composição com o atual prefeito e seu antigo rival político, Eduardo Paes (PSD), pode ser o melhor caminho para uma aliança petista. Isso, principalmente se a direita lançar uma chapa com um candidato bolsonarista — o senador Flávio Bolsonaro (PL) já vem se colocando como pré-candidato na disputa.
— Eu não tenho dúvida que a gente precisa de uma frente ampla principalmente para a eleição da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Eu acho que o nome do Paes é um nome que pode ser de consenso do campo democrático. Principalmente se do lado de lá vier uma expressão direta da família que afundou o Brasil — afirmou Freixo, em referência ao clã do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Após Paes apoiar a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano passado, o PT fez uma aliança com o prefeito e conquistou secretarias em sua gestão. Lideranças petistas almejam indicar o vice na futura chapa de Paes, que vai disputar a reeleição.
O evento petista lotou um centro de convenções no Centro do Rio e marcou o retorno de Freixo ao partido ao qual foi filiado durante sua juventude, antes dele fazer carreira pelo PSOL. Participaram da cerimônia dirigentes como a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann; além dos ministros petistas Alexandre Padilha, das Relações Institucionais; Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência; e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário.
Em seu discurso, Freixo fez acenos à militância de esquerda falando em defender o MST diante da tentativa de criminalização do movimento com da CPI na Câmara. Além disso, evocou bandeiras históricas de sua atuação política como o combate à criminalidade no Rio. E, por diversas vezes, fez juras ao PT.
— Volto feliz para o Partido dos Trabalhadores, e daqui não sairei nunca mais. Eu não estou entrando pra ser candidato, estou entrando depois das eleições, para construir um partido, construir um país. E para nunca deixar de lutar pelo Rio de Janeiro — afirmou.
O Globo*