Força-Tarefa do MPRJ que investiga a morte de Marielle Franco tem novos integrantes - Tribuna NF

Força-Tarefa do MPRJ que investiga a morte de Marielle Franco tem novos integrantes

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) anunciou, nesta segunda-feira (26), os nomes dos novos integrantes da Força-Tarefa que investiga as mortes da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

Por determinação do procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, o grupo foi reforçado e passa a contar com oito membros.

A coordenação dos trabalhos estará a cargo do promotor Bruno Gangoni, coordenador do GAECO/MPRJ e que, na última semana, havia sido designado temporariamente para assumir a Força-Tarefa.

Os demais integrantes do grupo são os promotores:

  • Roberta Laplace;
  • Fabiano Cossermelli;
  • Diogo Erthal;
  • Juliana Pompeu;
  • Michel Queiroz Zoucas;
  • Marcelo Winter;
  • e Carlos Eugênio Laureano

No anúncio desta segunda, o MP destacou que, desde o início, as investigações do caso Marielle e Anderson estavam sob a responsabilidade do GAECO/MPRJ que, na nova formatação, dará a devida continuidade aos trabalhos.

“Reforço o compromisso do MPRJ com toda a sociedade e com os familiares das vítimas de que a instituição está empenhada na elucidação do caso. Para isso, criamos a Força-Tarefa, em março deste ano, e agora estamos ampliando o efetivo para oito promotores de Justiça focados na investigação, todos integrantes do GAECO/MPRJ. Estaremos com uma grande frente de trabalho, reunindo promotores especializados, dedicados à continuidade das investigações, para a identificação dos eventuais mandantes dos crimes. Reafirmo que a elucidação completa deste caso é uma das prioridades absolutas do MPRJ”, pontua Luciano Mattos.

Marielle e o motorista Anderson Gomes foram executados em março de 2018, no Estácio, na região central do Rio. Um ano depois, a polícia afirmou ter prendido os autores do crime, o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz. Ainda não se sabe quem mandou matar a vereadora.

Promotoras deixaram o caso

No início de julho, responsáveis pelas investigações do atentado contra a vereadora Marielle Franco deixaram o caso. Neste mês, também vieram à tona novos desdobramentos sobre o crime.

Em nota, o MP informou que as promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile pediram para sair da força-tarefa que investiga o caso. A TV Globo apurou que as duas promotoras saíram por receio e insatisfação com “interferências externas”. Não foram especificadas quais teriam sido essas interferências.

Segundo fontes, a insatisfação das promotoras começou quando a viúva do ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, quis fazer uma delação premiada revelando informações sobre homicídios e ligações de políticos com criminosos no Rio de Janeiro.

Adriano da Nóbrega foi morto em fevereiro do ano passado, num suposto confronto com a polícia na Bahia. O ex-PM estava foragido, acusado de chefiar o escritório do crime, um grupo de matadores de aluguel, e também uma milícia que atuava na Zona Oeste do Rio.

As duas promotoras comandaram a investigação que levou a prisão de vários integrantes da quadrilha de Adriano. Elas queriam descobrir se ele tinha informações sobre os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson.

Simone Sibilio e Letícia Emile chegaram a ouvir o depoimento da viúva de Adriano, Júlia Lotufo, mas teriam encontrado supostas inconsistências no relato. Mesmo assim, a proposta de delação continuou a ser analisada por promotores de outra área do Ministério Público.

Coordenador temporário confirmado

Na última semana, o MP definiu o promotor Bruno Corrêa Gangoni para assumir temporariamente as investigações do caso Marielle Franco e Anderson Gomes. Nesta segunda-feira, ele foi efetivado como responsável pelas investigações.

De acordo com o Ministério Público, ele ficará responsável pelo recebimento de eventuais intimações e cumprimento dos prazos processuais.

Interferência nas investigações

As famílias de Marielle Franco e de Anderson Gomes fizeram um ato em frente ao Ministério Público, no Centro do Rio, no último dia 14. Eles cobram que não haja interferência nas investigações do caso.

Entidades de Direitos Humanos também participaram do ato. Placas foram colocadas em frente ao MP com referências às reportagens que revelaram a suspeita de vazamento de informações e possível interferência externa no caso:

“Quem está interferindo no caso Marielle e Anderson?”.

G1*

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