26/07/2024
Política

Desembargador nega pedido de liberdade de Allan Turnowski

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) negou na noite desta sexta-feira (9) o pedido de Habeas Corpus para reverter a ordem de prisão contra Allan Turnowski, ex-chefe da Polícia Civil do RJ, preso por suspeita de envolvimento com jogo do bicho.

A decisão que manteve Turnowski preso foi assinada pelo desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Preso na manhã desta sexta, Allan Turnowski deixou o cargo de chefe da Polícia Civil do RJ em março deste ano para se candidatar a uma vaga de deputado federal pelo PL.

Segundo as investigações, ele recebia propina do jogo do bicho e estaria envolvido em um plano para assassinar o bicheiro Rogério Andrade.

A defesa do ex-secretário disse que a prisão é um “movimento de perseguição política”.

“O delegado Allan Turnowski não soube até agora o motivo de sua prisão. Allan Turnowski afirma que a prisão de hoje foi um movimento de perseguição política, realizado por um grupo específico infiltrado no ministério público. Este grupo não quer que ele seja eleito por medo de ser investigado.”

A ação que terminou com a prisão do ex-chefe da Polícia Civil foi comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco). Os mandados foram expedidos pelo juiz Bruno Rulière, da 1ª Vara Criminal Especializada.

O ex-secretário foi preso em continuidade às investigações sobre o delegado Maurício Demétrio, que está preso desde o ano passado, acusado de corrupção dentro da Polícia Civil. Demétrio é investigado por suspeita de forjar operações para incriminar adversários e também teria participação na morte do contraventor.

Delegado ocupou o comando da Polícia Civil duas vezes

Turnowski foi chefe da Polícia Civil entre 2010 e 2011, durante o governo de Sérgio Cabral (MDB) e deixou a pasta durante uma investigação da Polícia Federal sobre um suposto vazamento de uma operação. O caso foi arquivado por falta de provas. O delegado sempre negou qualquer irregularidade.

Depois, em 2020, ele voltou ao posto – que passou a ser uma secretaria do governo do estado – onde ficou até o início deste ano, quando saiu para se candidatar. Sob sua gestão, a pasta inaugurou uma força-tarefa de combate às milícias, que até março de 2022 tinha contabilizados mais de 1,2 mil presos.

Turnowski também anunciou reformas em 25 delegacias e criou um prédio para o setor de Inteligência da Polícia Civil, no Centro do Rio.

Durante sua gestão, no entanto, Turnowski foi criticado pelas 28 mortes em uma operação no Jacarezinho, em maio de 2021. O secretário sempre defendeu a ação da Polícia Civil.

Mesmo com uma decisão do STF restringindo operações no Rio durante a pandemia, o número de ações da polícia aumentou entre 2020 e 2021.

G1*

Alerj

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