Contra o coronavírus, Prefeitura do Rio passa a usar sinais de celulares para combater aglomerações - Tribuna NF

Contra o coronavírus, Prefeitura do Rio passa a usar sinais de celulares para combater aglomerações

A Prefeitura do Rio começou a ler sinais de celulares para saber onde há aglomerações — o que desrespeita as medidas restritivas contra a Covid-19.

Uma equipe da Guarda Municipal será enviada ao local para tentar esvaziá-la, a fim de conter o coronavírus.

Desde o início da pandemia, a Prefeitura do Rio emitiu dois decretos que proíbem eventos com aglomerações e estabelecem regras para o funcionamento do comércio na cidade.

Segundo a Secretaria de Ordem Pública, até a última sexta-feira (3), foram fechados 1.026 estabelecimentos não essenciais na cidade.

Dados anônimos
O Gabinete de Crise do município fez um convênio com uma operadora de telefonia para receber os dados — que permanecerão anônimos durante todo o processo.

As antenas espalhadas pela cidade captam onde estão os aparelhos. Essa localização é repassada e aparece em um painel.

Embora a parceria seja apenas com uma companhia telefônica, é possível estimar o público naquela região com base na participação de cada empresa no mercado.

Secretário de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca explica que o sistema diferencia quem está em casa de turistas na rua, por exemplo.

“Uma das informações que recebemos é a do roaming. Elas caem em uma plataforma onde começamos a qualificá-las”, detalha.

Câmeras da prefeitura completam os dados, ajudando a identificar se são trabalhadores em expediente ou pedestres.

Disk-Aglomeração
Ativo há uma semana, o Disk-Aglomeração atendeu quase 450 queixas de reuniões até quinta-feira (2), como festas, e de bares funcionando.

Qualquer pessoa pode ligar para a Central 1746 e fazer a denúncia no canal recém-aberto. Também é possível registrar a queixa pela internet.

Os atendentes fazem uma triagem e repassam as reclamações para as equipes da Guarda Municipal que atuam de prontidão na base do Riocentro. São cinco patrulhas e 30 guardas por dia atendendo aos chamados de aglomeração.

Segundo a Seop, são recebidas, por exemplo, denúncias de brigas de vizinhos por conta de festas. Nesse caso, a reclamação deve ser feita com a polícia, no 190. No Disk-Aglomeração, o foco é em serviços essenciais, como supermercados que não estão orientando os clientes a manter distância nas filas dos caixas, e espaços públicos.

Bares fechados
Neste domingo (5), a Prefeitura do Rio fechou dois bares clandestinos e terminou com um evento que reunia cerca de 60 pessoas em Curicica, Zona Oeste do Rio.

Foram apreendidas ainda cinco máquinas caça-níqueis, encaminhadas à delegacia da área pela Polícia Militar para averiguação.

Além de desrespeitar o fechamento obrigatório de comércios não essenciais — seguindo as diretrizes do Decreto 47.285 (26/03/2020) da prefeitura para combate ao Covid-19 —, os estabelecimentos não possuíam alvará de funcionamento da Fazenda municipal.

G1*

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