08/07/2025
Campos

Campos entre municípios do Estado com monitoramento de Aedes aegypti por Ovitrampas

Prefeitura de Campos

Campos está entre os 13 municípios selecionados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/RJ) para o projeto que visa aprimorar o monitoramento populacional do mosquito Aedes aegypti, conforme recomendação por nota técnica nº 33/2022 do Ministério da Saúde. O trabalho, iniciado neste mês, é feito com Ovitrampas, que é uma armadilha de coleta de ovos das fêmeas do Aedes, que já era realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses—CCZ desde 2019.

A vigilância entomológica com Ovitrampas está sendo realizada em 27 bairros da área urbana e/ou com características urbanizadas. Ao todo foram instaladas 273 armadilhas, que terão as palhetas de madeira (eucatex) substituídas uma vez, totalizando 546 peças do material usadas para a oviposição. E, de acordo com o subcoordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), Sílvio Pinheiro, será realizado a cada dois meses, sempre nas três semanas que antecedem cada ciclo epidemiológico.

“Ovitrampas é um método que utiliza um dispositivo capaz de atrair fêmeas de Aedes aegypti e Aedes albopictus em busca de locais para depositar seus ovos. Elas têm potencial de monitorar continuamente o vetor em seus diferentes espaços (urbana e rural) e direcionar as ações de controle de acordo com a positividade e, principalmente, a densidade populacional, tornando mais sensível o monitoramento. O uso das Ovitrampas permite identificar a entrada de mosquito, fazer a vigilância entomológica, saber como está a densidade desse vetor e também contribui para a remoção de ovos no ambiente”, explicou Pinheiro.

A Ovitrampa é um vaso plástico preto preenchido com água, onde é diluída uma substância (levedo de cerveja) que atrai as fêmeas do mosquito, para realizar a postura de ovos. Nesse vaso, é inserida a palheta com o lado áspero voltado para o centro do recipiente, onde ocorre a postura dos ovos. Ao fazer a postura dos ovos na palheta, os agentes as recolhem e as levam para o laboratório, onde é feita a contagem dos ovos. Através de um aplicativo, as informações são enviadas para o Estado e o Ministério da Saúde.

De acordo com Sílvio Pinheiro, a escolha de Campos para representar a Região Norte Fluminense ocorreu devido aos critérios epidemiológicos, operacionais e porque já realizava esse trabalho.
“Essa é uma ferramenta muito utilizada para pesquisa e, há alguns anos estamos usando para monitoramento populacional e vigilância nas áreas urbanas e rurais. O acompanhamento dos resultados ao longo do ano permite saber a distribuição do vetor no território, colaborando para a avaliação de risco de surtos epidêmicos. Detalhe, ferramenta de fácil operacionalização, baixo custo e com um bom resultado”, acrescentou o subcoordenador, que além de coordenar o trabalho conjunto com o Estado e o Ministério da Saúde, também mantém o que já vinha sendo realizado pelo município.

O subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), Rodrigo Carneiro, explica que seguindo as estratégias da Subsecretaria de Vigilância para diminuir a prevalência de doenças, principalmente as transmissíveis por artrópodes, o município adere as diferentes estratégias ofertadas pelo Ministério da Saúde e pela SES visando diminuir, por exemplo, os casos de dengue.

“Essa nova metodologia com Ovitrampas é bastante interessante e vai ajudar, vai ser mais uma ferramenta para combater a proliferação dos mosquitos no município e, com isso, diminuir a prevalência da dengue na nossa cidade. Nós temos observado uma queda progressiva nos últimos meses e isso é multifatorial, principalmente pela questão sazonal, mas também estratégias como os mutirões, o treinamento, a conscientização constante da população e, agora, a estratégia das Ovitrampas também vem para ajudar no controle dos casos de dengue no município”, afirma Carneiro.

Secom*

Blog do Ralfe Reis - Conteúdo exclusivo e credibilidade

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *