Servidores do Estado RJ oficiam governo pedindo pagamento da segunda parcela das perdas salariais - Blog do Ralfe Reis

Servidores do Estado RJ oficiam governo pedindo pagamento da segunda parcela das perdas salariais

Nesta terça-feira (18/04), um grupo de mais de 30 dirigentes sindicais foram ao Palácio Guanabara protocolar ofício reforçando o pleito de pagamento da 2ª parcela de recomposição e a instalação de mesa de negociação permanente. O ato foi organizado pelo Fórum Permanente de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (FOSPERJ) e em unidade com os sindicatos de representação dos órgãos da segurança pública, consolidando uma unidade de ação nesta pauta.

No ofício (leia na íntegra), os signatários apontam que o governo passou a ficar inadimplente com os servidores do Poder Executivo desde o final do segundo bimestre, enquanto os demais Poderes já pagaram a parcela para seus servidores desde janeiro. Ressaltam também que, apesar dos esforços, não foram procurados pelos representantes do governo para abrir diálogo ou mesmo apresentar uma justificativa ao funcionalismo estadual, e pugnam pelo pagamento da parcela devida e a instalação de uma mesa permanente de negociação no âmbito do Estado.

Representante da Casa Civil vai encaminhar reunião com governo

A presença do grande número de dirigentes na recepção gerou grande movimentação na segurança institucional do Palácio do Guanabara. Os dirigentes levaram bandeiras e todos assinaram ou rubricaram o ofício. Paralelamente, os coordenadores do Fórum e entidades articularam a possibilidade de reunião com alguns representantes do Governo para receber o ofício.

Porém, na data, o Palácio estava esvaziado. Como já era de ciência, o Governador, Cláudio Castro, e o Secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione, se encontravam em agenda em Londres. Foi informado também que o vice-governador, Thiago Pampolha e o subsecretário da Casa Civil, Adilson Farias, estariam em Brasília.

Após algumas tentativas para ser recebido, o Superintendente da pasta, Emmanuel, atendeu o grupo de dirigentes e prometeu encaminhar o agendamento de uma reunião do grupo com representantes da Casa Civil, ainda para os próximos dias.

Mesa de negociação permanente é o caminho

O governo tem dado sinais de que deu o assunto como encerrado, sem maiores explicações. Desde o final do ano passado, não se viu nenhum representante do Executivo ou no Legislativo tratar da segunda parcela, o que tem gerado indignação dos servidores.

“A pauta foi um acordo assinado a muitas mãos, e agora que precisa explicar porque o acordo não está sendo para os servidores do Executivo, não aparece nenhum representante do governo. Assim como vem ocorrendo no âmbito do funcionalismo federal, precisamos de uma mesa de negociação permanente no Estado do Rio de Janeiro. Não é democrático fugir do diálogo com as categorias”, afirmou o Roberto Carlos Teixeira, que faz parte da coordenação do Fórum.

Luta pelo pagamento da parcela continua

Não obstante a dificuldade de diálogo, o Fosperj e as entidades da segurança pública prometem intensificar as cobranças caso o Governo não abra um canal de diálogo com o funcionalismo organizado. A unidade de ação com os sindicatos da segurança pública deram novo gás à campanha.

Cabe ao FOSPERJ continuar pontuando esse tema para que a estratégia de deixar cair no esquecimento não prevaleça. Estamos utilizando de todas as formas, como pedir falar dos parlamentares estaduais, incluir representantes do Estado em Brasília na discussão, e reunir atos e paralisações estaduais, como já vem sendo feito pela Educação e Enfermagem. Estamos gradualmente subindo o tom. Foram muitos anos de perdas acumuladas, e essas parcelas são a oportunidade de recompô-las, ainda que parcialmente. Não podemos abrir mão.

Pelo FOSPERJ, participaram do ato: SINDSEMP-RJ, SINDETRAN, FUNDAÇÕES, ASDUERJ, ADUENF, ASSERVISA, ASSERDETRO, SINDPERJ, SINDER, ASFIPERJ, SEAERJ, AFISERJ, ASITERJ, SINDENFRJ, SINTAC, ASSEFAERJ, SINDCECIERJ, SINDIPERJ, SASERJ, ASFIA e ASFLE.

Pelas forças de segurança, participaram do ato: SINDEGASE, SINDELPOL, SINDSISTEMA, além da assinatura do ofício pelo SINDPOL e SOS BOMBEIROS.

Fonte: Ascom

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