Clã Garotinho no PSL, ex-partido de Bolsonaro
A deputada federal Clarissa (PROS) sacramentou hoje a transferência do clã político liderado pelo seu, o ex-governador Garotinho, para o PSL, ex-partido do presidente Jair Bolsonaro. Ao lado do prefeito de Belford Roxo, Waguinho – que deixa o MDB para assumir a presidência regional do PSL – ela se reuniu, em Brasília, com o vice-presidente nacional da legenda, Antônio Rueda, com quem acertou detalhes da filiação dela e do pai.
Mais cedo, nas redes sociais, Garotinho justificou a mudança, afirmando que muitos de seus eleitores poderiam ficar perplexos com a decisão, dado que sua matriz política é “trabalhista, nacionalista, com forte vínculo com as causas populares”. Afirmou ainda que o partido que representa sua doutrina é o PDT, que, entretanto, lhe negara a possibilidade de filiação.
“O quadro político partidário no Brasil é tão confuso que é necessário capacidade de interpretação tática (no momento) para que possamos ter uma estratégia de longo prazo. Todos sabem, porque já foi amplamente divulgado, que por diversas vezes tentei voltar ao PDT, pois a doutrina trabalhista é aquela que inspira minha vida política. Embora esse fosse o desejo de Brizola, manifestado várias vezes antes de sua morte, o partido caiu nas mãos de Carlos Lupi, que transformou aquele que poderia ser um grande partido de massas e de quadros técnicos em um cartório onde administra seus acordos e desejos pessoais”, escreveu o ex-governador.
A despeito de se filiar ao PSL, um partido marcadamente de direita, Garotinho disse que não mudou, que permanecerá no campo popular.
“Minha visão do Brasil continua a mesma. Somos um país rico, estamos entre as maiores economias do mundo, porém um país desigual, onde 1% da população controla 50% da riqueza do país. A discussão do Brasil hoje entre ser de direita ou de esquerda não é real. O que o Brasil precisa é de gente com coragem para promover uma ampla reforma social incluindo milhares de brasileiros que foram colocados à margem de tudo”, acrescentou.
Após a reunião, Clarissa Garotinho mostrou entusiasmo com o novo partido:
– O PSL vai ser a maior força política do Rio – afirmou
O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, por enquanto, não deve deixar o PSD.
Anthony Garotinho deve se candidatar a deputado federal, se resolver a tempo algumas pendências na Justiça Eleitoral. Neste caso, Clarissa será candidata a deputada estadual. Caso Garotinho não consiga se candidatar, Clarissa disputará a reeleição à Câmara Federal.
Participaram também da reunião a deputada federal Daniela do Waguinho e o deputado estadual Márcio Canela, que acompanham o prefeito Waguinho na filiação ao PSL. Compareceu ainda o deputado federal Chiquinho Brazão, que também vai se filiar na leganda.
Fonte: Agenda do Poder
