Henrique Figueira toma posse como presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
O novo presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), Henrique Figueira, tomou posse nesta sexta-feira (5).
Além de chefe do poder judiciário do estado, o desembargador acumulará a função de presidente do Tribunal Especial Misto (TEM) que julga o impeachment do governador afastado Wilson Witzel.
Durante a cerimônia no tribunal pleno, o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo também tomou posse como novo corregedor-geral da Justiça.
Estavam presentes o governador em exercício do RJ, Cláudio Castro, o presidente da Alerj, André Ceciliano, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, o ministro do STF Luiz Roberto Barroso e o prefeito Eduardo Paes.
Em entrevista coletiva antes da posse, Henrique figueira afirmou que pretende fazer uma gestão eficiente, mas austera, para ajudar o estado no regime de recuperação fiscal.
“Estamos passando uma fase nova, a pandemia nos levou a uma nova realidade. A intenção é saber o que podemos fazer, mas o tribunal sempre preocupado em poupar o máximo de recursos, manter a eficiência do tribunal com o mínimo de despesa possível”, afirmou o novo presidente.
Figueira disse ainda que sua gestão vai valorizar o aspecto social da Justiça.
“O judiciário possui longa experiência de projetos sociais e temos objetivos de aumentar essa participação, com as varas da infância juventude e idoso. Seguiremos nessa linha. O foco do judiciário é a paz e o bem estar social”, afirmou o novo presidente do TJ.
Figueira irá presidir o judiciário do estado pelos próximos dois anos. Ele é formado em direito pela Uerj e entrou para magistratura em 1988, se tornando desembargador em 2002.
Cláudio de Mello Tavares faz balanço da gestão
Durante a cerimônia, o desembargador Cláudio de Mello Tavares fez um balanço da sua gestão de dois anos como presidente.
“Uma produção que ultrapassa 75 milhões de movimentações e nos assegura que o poder judiciário está permanentemente de pé e de mangas arregaçadas”, afirmou Cláudio Tavares.
Impeachment de Wilson Witzel
Como presidente do tribunal misto, caberá a Henrique Figueira finalizar o julgamento do processo de impeachment do governador afastado Wilson Witzel. O julgamento está na fase final.
Por determinação do STF, um novo depoimento do ex-secretário de saúde Edmar Santos terá que ocorrer depois que cair o sigilo da sua delação. Em seguida, Wilson Witzel será interrogado.
A acusação e a defesa farão as alegações finais e os deputados e desembargadores vão votar.
Sobre o julgamento, o novo presidente afirmou que “o processo de impeachment vai ter seu curso normal”.