12/12/2024
Política

Agrado de R$ 300 mil do DPVAT para Beltrame

A auditoria da KPMG nas contas da Seguradora Líder, responsável pela gestão do seguro DPVAT, apontou um gasto de R$ 300 mil para atender uma reforma no galpão do DNIT pedida pelo então secretário de Segurança do Rio José Mariano Beltrame.

A Líder foi procurada pelo Sindicato das Empresas de Seguros Privados, que havia recebido um ofício do secretário. O sindicato pediu a obra como parte do plano de  combate aos ferros-velhos, uma das bandeiras de Beltrame.

A auditoria apontou, no entanto, que reformar o galpão não contribui para a redução de acidentes (justificativa da doação), visto que os carros depositados no mesmo já estão avariados.

A proposta que venceu a licitação tinha despesa de  R$ 272 mil, mas o custo chegou a r$ 300 mil, pois foram solicitados pequenos ajustes pela Secretaria de Segurança.

O sindicato era presidido por Luiz Tavares Pereira Filho, também membro do
Conselho de Administração da Seguradora Líder atuando assim em paralelo em ambos cargos demonstrando um potencial conflito de interesse na doação realizada.

• Não foi apresentada a documentação do processo de concorrência relativo aos três fornecedores;
• Não foram apresentados documentos que demonstrem o andamento e aprovação da conclusão da obra (boletim de medição);
• Não foi apresentado-o orçamento detalhado da obra que justifique os custos na ordem’de R$ 300.000,00;
• Observa-se que a empresa contratada ó uma sociedade simples conforme o Cadastro Nacional Pessoa Jurídica,
• Destaca-se que a V.R. Projetos e Reformas faturou notas ficais sequenciais em nome do Sindicato para o serviço executado

Em nota, a Seguradora Líder afirma que, com a entrega do relatório sobre a análise documental, foram adotadas todas a medidas administrativas e de compliance cabíveis, alinhada com os valores de retidão e transparência que norteiam a Administração da Seguradora Líder.

“A Seguradora Líder não tolera, em hipótese alguma, quaisquer práticas ilícitas e sua atual diretoria implementou diversas boas práticas de governança e integridade corporativa para estar sempre aderente às premissas legais e regulatórias do setor, inclusive na relação com seus fornecedores e prestadores de serviços, que devem ser contratados com base em critérios técnicos, imparciais e transparentes”, diz o texto.

Fonte: O Antagonista

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