Acusado de matar Bid Garcia, irmão do bicheiro Maninho, Bernardo Bello é preso na Colômbia - Tribuna NF

Acusado de matar Bid Garcia, irmão do bicheiro Maninho, Bernardo Bello é preso na Colômbia

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Quatro integrantes do Escritório do Crime, denunciados pela morte de Alcebíades Paes Garcia, o Bid, quando ele voltava da Marquês de Sapucaí, na madrugada de 25 de fevereiro de 2020, foram presos, nesta sexta-feira (28) e neste sábado (29). Foi preso em Bogotá, na Colômbia, Bernardo Bello, considerado o autor intelectual do atentado. Além dele, os seguranças contratados por Bid para a ida ao Sambódromo no dia do crime, Thyago Ivan da Silva e Carlos Diego da Costa Cabral. Outro acusado, Wagner Dantas Alegre, segurança de Bernardo Bello, e apontado como o autor do assassinato, está foragido.

A operação no exterior e no Brasil foi feita pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco); a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, através da Delegacia de Homicídios da Capital; e a Interpol brasileira e colombiana.

Entre os presos, estão integrantes do Escritório do Crime, grupo formado por policiais, ex-policiais e milicianos e investigados por uma série de homicídios, incluindo o atentado contra a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Na época, o MPRJ informou que parte dos denunciados tinha ligação estreita com Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, morto em confronto com a polícia em fevereiro de 2020, na Bahia.

Bernardo Bello, cuja prisão foi decretada pela Juíza de Direito Tula Mello, do I Tribunal do Júri da Capital, e realizada nesta sexta-feira (28), disputava com Bid pontos de contravenção do jogo do bicho e a exploraçao de máquinas caça-níqueis na Zona Sul e em parte da Zona Norte do Rio. Thyano Ivan e Carlos Cabral, seguranças de Bid presos neste sábado (29), foram denunciados pelo MPRJ, respectivamente, pelo fornecimento de informações e localização da vítima e abandono de seu posto de vigilância na noite do assassinato. Segundo as investigações, os dois se candidataram à escolta de Bid ja com essa intenção. Por sua vez, Wagner Dantas Alegre, também detido nesta manhã, aguardava em uma moto no local onde Bid desembarcaria de uma van e realizou os disparos de fuzil que o alvejaram na emboscada. Foram dezenas de tiros, sem qualquer chance de defesa da vítima.

Outros dois integrantes do Escritório do Crime vigiavam e monitoravam a vítima pelo menos desde setembro de 2019: Leonardo Gouvêa da Silva, o “‘Mad”; e seu irmão, Leandro Gouvêa da Silva, “‘Tonhão”. Eles já estavam presos desde junho de 2020, acusados de chefiarem o chamado ”Escritório do Crime”. Os irmãos chegaram a ser investigados por suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março de 2018.

Família de Bid teve outros crimes

Alcebíades Paes Garcia era irmão do bicheiro Waldemir Paes Garcia, o Maninho, assassinado no dia 28 de setembro de 2004, quando deixava uma academia de ginástica na Freguesia, em Jacarepaguá, também na Zona Oeste. Em janeiro de 2008, Bid procurou a Polícia Civil para relatar que sua sobrinha, Shanna Harrouche Garcia — filha de Maninho —, havia invadido sua fazenda, localizada na Estrada Rio-Friburgo, em meio a uma briga familiar que disputa o espólio de seu pai e avô de Shanna, Waldomiro Paes Garcia, o Miro.

De acordo com o relato, Shanna esteve na fazenda com um “capataz”, ordenou que ele expulsasse todos os empregados da fazenda, retirou vários gados do local e deixou homens armados na propriedade. Ela também teria trocado os cadeados do imóvel.

Em 8 de novembro de 2019, Shanna, de 34 anos, foi baleada num shopping no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Na ocasião, ela foi atingida por dois disparos, mas teve lesões graves. Logo após o crime, Shanna acusou o ex-cunhado, Bernardo Bello.

O Globo*

Alerj

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