A situação financeira falimentar dos ricos municípios da Bacia de Campos
Os municípios localizados ao longo da Bacia Petrolífera de Campos que são beneficiários das indenizações de royalties e PE, especialmente, nas regiões Norte Fluminense e Baixada Litorânea, ainda não entenderam aspectos importantes relacionados a natureza do processo de produção no país. O gráfico acima mostra a trajetória da produção de petróleo na Bacia de Campos no âmbito do pós-sal e da Bacia de Santos no âmbito do pré-sal. Podemos observar o ponto máximo de participação da Bacia de Campos na produção de petróleo no país de 86,42% em 2009, enquanto a recente Bacia de Santos apresentava uma participação de apenas 1,07% da produção nacional. A partir desse ponto, rapidamente, observamos uma evolução inversa da trajetória entre as duas modalidades. Enquanto o pós-sal, na Bacia de Campos, declinava o pré-sal na Bacia de Santos crescia, consistentemente, até superar a produção da Bacia de Campos em 2018.
Esse quadro evidencia a falta de planejamento no âmbito desses municípios que não consideraram o declínio da produtividade da Bacia de Campos e, consequentemente, a possível redução das indenizações. Hoje a condição financeira nesse municípios é lamentável. Com robustos orçamentos, todos perderam a capacidade de investimento e alguns não conseguem sequer pagar salários de professores.
Por outro lado, as despesas correntes são muitos elevadas, mas os serviços prestados a sociedade são precários. Sem investimento para melhorar a vida da população no médio e longo prazo e sem a dotação de serviços de qualidade para atender a população no presente, o quadro é desalentador. Somente o conhecimento cientifico poderá salvar essas regiões.
Fonte: Coneflu