06/06/2025
Política

Três “parças” de Romário viram réus no processo da ‘Folha Secreta da Uerj’

Prefeitura de Campos

A Justiça tornou rés três pessoas ligadas ao senador Romário (PL) apontados pelo Ministério Público como funcionários fantasmas na chamada Folha Secreta da Uerj. Junto, o trio recebeu mais de R$ 200 mil.

O esquema foi revelado à época pelos jornalistas Igor Melo e Ruben Berta, do portal UOL.

Fábio Braz, João Daniel Bove e Ademar Braga Júnior ganharam cargos em 2022 na universidade, segundo o MP. Todos os três fizeram campanha para a reeleição do senador no mesmo ano.

No fim do mês passado, o promotor Alexandre Themístocles denunciou os três por peculato e afirmou que era um “colossal esquema de contratação irregular de pessoal, que desviou R$ 244 mil”.

  • Fábio Braz recebeu R$ 77 mil;
  • João Daniel, quase R$ 70 mil;
  • E Ademar, quase R$ 100 mil.

Os recursos deveriam ser usados em favor da sociedade, mas acabaram, segundo o MP, beneficiando indevidamente pessoas apadrinhadas – o que configura crime de peculato. Se condenados, a pena pode chegar a 12 anos de prisão.

Romário não é citado na investigação do MP, mas a apuração do órgão aponta que o trio é ligado por relações de parentesco, empregatícias e de redes sociais ao político. À polícia, eles confirmaram que são amigos e se conheceram através de Romário.

João Daniel e a irmã chegaram a trabalhar no gabinete do senador. Ademar trabalhava no América Football Clube, cujo presidente é Romário.

E o ex-zagueiro Fábio Braz chegou a jogar profissionalmente com o atacante no Vasco. Ademar, inclusive, recebeu o salário da Uerj enquanto estava confinado em um reality show.

Na sua versão para a polícia, ele disse que tinha pedido o desligamento do cargo e que ficou sem o celular durante o programa, por isso, não tinha ideia de que seria depositado em sua conta o valor da remuneração.

Para o MP, não há dúvidas de que o trio “teve vontade livre e consciente de desviar dinheiro, em proveito próprio”. A promotoria pede ainda a perda dos cargos públicos dos denunciados, como é o caso de João Daniel, que foi nomeado superintendente da Secretaria Estadual de Educação – com salário de mais de R$ 14 mil.

O espaço está aberto para manifestação dos envolvidos.

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