Técnicos avaliam danos causados por tráfego pesado na Beira-Valão
A Prefeitura, por meio das secretarias municipais de Defesa Civil e de Mobilidade, realizou uma vistoria técnica para avaliar as deteriorações causadas pelo tráfego de carretas pesadas na Avenida José Alves de Azevedo (Beira-Valão), no trecho entre a Avenida Arthur Bernardes e a RJ 238 (Estrada dos Ceramistas).
O secretário de Defesa Civil, coronel Alcemir Pascoutto, pontuou os principais danos localizados na via. “Nós verificamos fissuras, afundamentos em alguns trechos, alguns remendos que já foram feitos até em função dessas agressões, até mesmo ainda sem ter esse esforço maior de cargas pesadas. As residências são margeando a pista, então, o tráfego pesado naquela região também representa para os imóveis que ali estão uma agressão muito grande”, comentou.
Pascoutto reforçou que a Beira-Valão não comporta o fluxo de carretas pesadas. “O fluxo constante naquela área ali é extremamente agressivo, basta nós observarmos que não foi uma pista preparada exatamente para atender a um tráfego pesado. Essa é a primeira observação, nós estamos margeando a um canal e da outra margem nós temos uma sequência de residências, então, só em analisar dessa forma nós sabemos que o solo ali não foi preparado para ser uma pista para ter o rolamento de carros pesados”, disse.
A preocupação com a estrutura da via urbana já foi alertada pelo prefeito Wladimir Garotinho. No último dia 2, a Prefeitura chegou a voltar a proibir o tráfego de veículos com mais de quatro eixos no perímetro urbano. A medida foi tomada em virtude da demora na liberação da RJ 238, dentro dos prazos previstos, e pela falta de cumprimento do acordo por parte do DER-RJ, que se comprometeu por escrito a fazer o recapeamento das vias afetadas. No entanto, a Justiça determinou que o tráfego fosse liberado, cuja decisão foi cumprida pelo Município.
Na última semana (5), uma reunião foi realizada no Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) com o intuito alinhar um novo planejamento e assim definir novas regras, trajetos e horários a serem seguidos pelos veículos desse porte, que vêm de fora da cidade e os que seguem em direção ao Porto do Açu.
O assunto também chegou a ser debatido na Câmara de Vereadores, que aprovou um requerimento do então vereador Diego Dias para medidas cabíveis a fim de proibir em definitivo o trânsito de carretas no perímetro urbano, por conta do risco à vida, piora na mobilidade urbana e degradação do pavimento.
Secom*