08/07/2025
Esporte

Ricardo Teixeira recebeu propina por voto no Qatar para Copa 2022, diz Justiça dos EUA

Prefeitura de Campos

Um novo documento publicado pela Justiça dos Estados Unidos aponta que o ex-residente da CBF, Ricardo Teixeira, foi um dos que receberam propina para votar no Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022. A publicação é um desdobramento das investigações que trouxeram à tona um esquema de recebimento de propina de dirigentes do futebol sul-americano.

Segundo os procuradores do Distrito de Nova York, vários membros do comitê executivo da Fifa receberam subornos diretamente ligados a seus votos. Entre eles, Ricardo Teixeira e o ex-presidente da Conmebol, Nicolás Leoz.

O documento relata que entre 2009 e 2010, os membros das candidaturas à sede dos Mundiais de 2018, que ocorreu na Rússia, e 2022 prepararam apresentações para tentar convencer os dirigentes.

Nesse contexto, Jack Warner, então presidente da Concacaf, recebeu a promessa de um pagamento de US$ 5 milhões em propina para votar na candidatura russa. O pagamento para o dirigente foi feito em mais de duas dúzias de transferências para uma conta em Trinidad e Tobago. O dinheiro, segundo a Justiça dos EUA, veio de dez empresas de fachada, todas registradas em paraísos fiscais, como Chipe, Anguilla e Ilhas Virgens Britânicas.

Ricardo Teixeira é citado em outros momentos da investigação, como um dos participantes de um esquema de propina envolvendo os direitos comerciais da Libertadores. O indiciamento americano cita a atuação de ex-executivos da Fox, Hernan Lopez e Carlos Martinez, na distribuição de milhões de dólares a dirigentes da Conmebol.

Não é a primeira vez que o nome de Ricardo Teixeira é ligado à propina no Qatar. O ex-dirigente, que foi banido do futebol pela Fifa, sempre negou as acusações.

O Globo*

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