Prisão de Pezão na “Operação Boca de Lobo” pode deflagrar a grande quadrilha que está na CODIN
A prisão e consequente queda do governador Luiz Fernando Pezão na “Operação Boca de Lobo” pode significar um golpe em uma quadrilha dos governos Cabral e Pezão que jamais foi desbaratada. Trata-se de uma quadrilha que ainda existe no Governo do Estado e que está na CODIN.
Os grandes negócios escusos do governo estão na CODIN. A CODIN serve de guarda-chuvas para proteger a grilagem de terras do governo do Estado. É o caso, por exemplo, das desapropriações não pagas até hoje aos proprietários do 5º distrito de São João da Barra (Porto do Açu). Os contratos e tratativas foram celebrados por Cabral e Eike Batista, à época, e se perpetraram em razão da gestão de Pezão e sucessão na gestão atual.
Também são pilotadas pela CODIN as isenções fiscais que são dadas de forma criminosa a empresários filiados à Fecomércio e à FIRJAN.
A Federal ainda não chegou no ponto aonde residem as maiores fraudes e lesões aos cofres do Estado do Rio. Existe algo muito estranho nisso. Parece que esse contrato de Cabral e Eike Batista, realizado no dia 06 de Agosto de 2010, foi a única transação lícita entre a dupla. Até agora ninguém da CODIN foi preso.
Também subscreveram o contrato pela CODIN Maria da Conceição Gomes Lopes Ribeiro, Pedro Paulo Novellino do Rosário, além do inseparável amigo íntimo de Cabral, Júlio César Carmo Bueno, Secretário do Estado e Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços.
O valor de toda a retroárea objeto do contrato é de mais ou menos 75.000.000 m² (setenta e cinco milhões de metros quadrados). Refere-se a 1/3 do território de São João da Barra. O valor total é de R$ 37.865.452,45 (trinta e sete milhões, oitocentos e sessenta e cinco mil, quatrocentos e cinquenta e dois reais e quarenta e cinco centavos. Segundo o contrato, esse valor deveria ser pago em três parcelas a serem depositadas na conta corrente nº 3665-1, agência 2373, Banco Bradesco S/A.
Veja o que o Estado pode receber da venda feita a Eike Batista.(cópia do contrato).
Se o Estado for pagar pelas indenizações através da CODIN, o valor é de aproximadamente 2.154 bilhões, segundo as perícias judiciais. Acontece que a CODIN é quem recebe parte dos impostos que deveriam ser pagos aos cofres do Estado. Esse é o pulo do gato.
O Porto do Açu não está instalado nessa área. Essa foi a retroárea desapropriada para fins especulativos, inclusive para alugueis que hoje são recebidos pela empresa Prumo logística, sucessora de Eike Batista no Porto do Açu.
Quando o assunto é o Porto do Açu, todos ficam cegos, surdos e mudos.
Confira do documento:
