Polícia Federal apreende câmera usada para gravar reunião ministerial no Palácio do Planalto
A Polícia Federal recolheu, nesta segunda-feira (25), a câmera usada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República para registrar a reunião ministerial de 22 de abril. O equipamento será periciado na tentativa de identificar se houve edição no vídeo entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A reunião foi apontada pelo ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, como prova de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir em investigações da Polícia Federal. Em depoimento após deixar o governo, Moro disse ter sido pressionado nesse encontro para trocar o comando da direção-geral da PF e da superintendência da corporação no Rio de Janeiro.
Fontes confirmaram que agentes da PF compareceram ao Planalto, e que a câmera usada foi apreendida. Não há prazo definido para a conclusão da perícia.
Em um ofício recebido pela Secretaria-Geral da Presidência da República, o ministro Celso de Mello, relator do caso no STF, pede que:
- “sejam encaminhados os equipamentos que realizaram as gravações (câmeras);”
- “sejam encaminhadas as mídias originais onde as gravações foram primeiramente registradas (cartão ou dispositivo de memória externo, se houver);”
- “seja informado o histórico ALEGADO acerca da mídia original (cartão de memória, por exemplo), ou seja, se foi alegadamente reutilizada, formatada ou sofreu qualquer outro procedimento, com detalhamento sobre os procedimentos realizados;”
- “seja informado o histórico ALEGADO acerca dos arquivos de vídeo encaminhados, ou seja, se foram alegadamente submetidos a conversões de formato, compressões ou quaisquer outros processamentos que não lhe tenham alterado o conteúdo originalmente registrado. Em caso positivo, informar detalhadamente quais são as alegações sobre o que foi feito;”
