Polícia Civil faz operação contra ex-funcionários suspeitos de sabotar sistema de R$ 10 milhões
Policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) deflagaram, neste domingo (03/08), a “Operação Gênesis” contra envolvidos no roubo de dados e sabotagem do sistema de uma empresa de tecnologia. Os três alvos são ex-funcionários da instituição e investigados por excluir propositalmente uma plataforma de inteligência artificial, avaliada em R$ 10 milhões. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em seis endereços, na capital e na Baixada Fluminense.
Na última sexta-feira (01/08), a empresa detectou a exclusão da plataforma, pouco antes de seu lançamento no mercado. A aplicação tinha estimativa de alcançar mais de 20 milhões de usuários.
As investigações apontaram que um dos homens usou sua senha corporativa para apagar o sistema diretamente do ambiente de produção. O segundo exportou senhas pouco antes de ser demitido e tentou acessar a plataforma novamente no mesmo dia. Já o terceiro participou do planejamento da ação. Mensagens trocadas entre o grupo confirmaram a existência de um planejamento prévio para o crime. Nessas conversas, eles discutiram, ainda, planos de atuação futura em outra empresa, incluindo a abertura de firmas próprias. Após diligências, os policiais concluíram que dois dos envolvidos constituíram CNPJs nos últimos trinta dias.
Os três também não devolveram os notebooks da empresa, que podem conter dados confidenciais, códigos e provas das ações cometidas. Há ainda suspeitas de que tenham usado celulares pessoais para armazenar e compartilhar informações sigilosas.
Durante as diligências — nos bairros do Méier, Cachambi e no município de São João de Meriti —, foram apreendidos notebooks, celulares e outros dispositivos eletrônicos. Dois investigados foram conduzidos à DRCI para prestar depoimento.
A ação apura os crimes de concorrência desleal, invasão de dispositivo informático com agravantes, apropriação indébita qualificada e associação criminosa. As investigações continuam para esclarecer se os dados apagados podem ter sido usados em benefício próprio ou repassados à concorrência.
Fonte: Polícia Civil