Polícia Civil do RJ e MPRJ vão a MG para tentar prender ladrões de petróleo bruto em dutos da Transpetro
A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram nesta quarta-feira (2) a Operação Infractio, contra uma organização criminosa especializada no furto de petróleo bruto diretamente de dutos da Transpetro.
Agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e promotores do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) saíram para cumprir 3 mandados de prisão preventiva:
- Franz Dias Costa: já estava encarcerado;
- Márcio Pereira Gabry: foi preso nesta quarta em Além Paraíba (MG), na Zona da Mata mineira;
- Mauro Pereira Gabry: já é considerado foragido.
As equipes ainda cumpriram 14 mandados de busca e apreensão em MG e no RJ.
‘Atuação persistente’
Segundo as investigações, os irmãos Gabry “atuavam de forma estruturada e persistente ao longo dos últimos anos”, apesar de diversas operações policiais — a mais recente tinha sido a Ouro Negro, em fevereiro.
A investigação partiu da tentativa de furto de petróleo bruto na região de Rio das Flores, em agosto do ano passado. A polícia descobriu um túnel de 7 metros de extensão, projetado para acessar clandestinamente a tubulação.
“A perfuração do duto foi identificada num local próximo ao Rio Paraíba do Sul. Então, se houvesse um vazamento, estaríamos diante de uma das maiores tragédias ambientais do país”, afirmou o delegado Pedro Brasil, da DDSD.
“Petróleo bruto tem um valor de mercado alto. Existe muito interesse de usinas de asfalto, de fábricas de borracha, de cerâmica, porque ele é utilizado como matéria-prima para produção de diversos produtos”, emendou.
O grupo utilizava veículos alugados em nome de terceiros, movimentava recursos por meio de contas bancárias de laranjas e adotava comunicações criptografadas para dificultar a identificação dos responsáveis.
“Os investigados já tinham sido alvos de outras 5 operações anteriores, o que demonstra a reincidência e o desprezo às medidas cautelares anteriormente impostas pelo Poder Judiciário”, destacou.
Fonte: G1