Pico da contaminação da ômicron no Rio será na semana que vem, dizem especialistas
A expectativa dos especialistas é que o estado do Rio atinja o pico de transmissão de Covid em uma semana, antes de outros estados do país. Isso porque a onda de casos de coronavírus começou na primeira semana do ano na capital, logo depois do réveillon.
Epidemiologistas analisaram as curvas de contaminação em países como a África do Sul e o Reino Unido, onde houve crescimento e queda rápida de casos de ômicron.
Eles apontam que no Brasil o pico de casos deve ocorrer em três semanas, e nos próximos dias na capital.
“A tendência é que essa onda da ômicron, por ser uma onda tão explosiva e com um número tão grande de casos, é que ela dure em torno de 5 ou 6 semanas. Então, aqui no Rio de Janeiro a gente espera que realmente já esteja muito próximo desse pico”, disse o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo.
“Essa semana ou a próxima a gente já comece a notar uma estabilização e até uma queda dos casos”, completou.
Também já é possível afirmar que haverá menos casos graves que nas outras ondas, reflexo, segundo Chebabo, da vacinação.
“O impacto sobre a rede hospital, principalmente sobre o número de mortes, vai ser bem menor do que nas anteriores, muito por causa da vacinação da população. A gente vê hoje uma internação de pacientes na maior parte das vezes necessitando apenas de poucos dias e internações em enfermarias, poucos casos precisando de terapia intensiva, e quando isso acontece é principalmente daqueles que não se vacinaram ou com uma vacinação incompleta”.
Mais de 100 mil casos no RJ
O estado já registrou 107 mil casos de Covid este ano, mas o número de contaminados com a variante ômicron pode ser bem maior porque muitas pessoas não tiveram acesso aos testes.
Em São Gonçalo, pacientes enfrentam horas de espera em grandes filas na calçada para fazer o teste de Covid.
Na capital, mais da metade dos testes dão positivo para coronavírus.
A alta de casos se reflete nas internações. Em todo o estado foram mais de 180 solicitações por vagas nos hospitais públicos na segunda-feira (17), e mais de 100 na terça-feira (18).
Setenta e três pacientes aguardam por uma vaga na UTI. Na capital, são 762 pacientes internados com coronavírus.
Do total de pessoas internadas com Covid, 20% entraram nos hospitais por outro motivo, e dentro das unidades testaram positivo.
Por isso a Secretaria Municipal de Saúde decidiu suspender as visitas a pacientes internados nos hospitais da rede pelos próximos 15 dias.
Serão liberados apenas os acompanhantes para menores de idade, idosos e pessoas com deficiência.
G1*
