Overclean: PF faz nova operação para investigar desvio de emendas

A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira uma nova fase da Operação Overclean, que apura desvios de emendas parlamentares e fraudes licitatórias. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), São Paulo (SP), Palmas (TO) e Gurupi (TO). As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a ação foi realizada em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).
Dentre os alvos da oitava fase da operação em Brasília está o secretário nacional do Podemos, Luiz França. O partido foi procurado, mas ainda não se manifestou. No Tocantins, um dos alvos foi o ex-secretário de Parcerias e Investimentos do estado Claudinei Quaresemin, que já foi alvo da operação no ano passado. A reportagem busca contato com a sua defesa.
A sétima fase foi realizada no último dia 16, quando um prefeito de uma cidade do interior baiano estava entre os alvos. Dois dias antes, a polícia realizou outra fase da operação, e um dos alvos foi o deputado federal Dal Barreto (União-BA). Ele foi abordado no aeroporto de Salvador (BA), quando entregou o celular a agentes da PF.
O irmão do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), Elmo Nascimento, prefeito de Campo Formoso (BA), foi um dos alvos de uma das fases da operação neste ano. O parlamentar não foi alvo. O primo dele também, Francisco Manoel do Nascimento Neto, conhecido como Francisquinho Nascimento (União Brasil), que foi eleito vereador de Campo Formoso no ano passado, também foi alvo na época. Em outra fase da operação, em dezembro do ano passado, ele lançou uma sacola com R$ 220.150 pela janela minutos antes de ser preso pela PF.
A PF estima que a organização criminosa investigada tenha movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão por meio de contratos fraudulentos e obras superfaturadas. Outro alvo da operação foi o empresário José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo”.
A investigação Overclean começou para apurar desvios de recursos de emendas parlamentares destinadas ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e mirou na atuação de Moura junto a políticos para destravar negócios públicos. A organização é suspeita de atuar com pagamento de propina a agentes públicos para conseguir contratos em todo o país.
Conhecido como “Rei do Lixo” devido aos contratos firmados na área de limpeza urbana na Bahia, Moura foi um dos presos preventivamente junto com outras 16 pessoas na primeira fase da Operação, mas depois foi solto por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Segundo a polícia, ele atuou como “articulador político e operador de influência” na organização.
Com informações O Globo.


