Opep e aliados decidem cortar produção, e petróleo sobe
Os países da Opep decidiram nesta segunda-feira cortar sua produção de petróleo em outubro para sustentar os preços em meio a temores de uma recessão, pela primeira vez em mais de um ano.
Os representantes dos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus 10 aliados, incluindo a Rússia, concordaram em “voltar às cotas do mês de agosto”, ou seja, reduzir a produção de petróleo em 100 mil barris por dia (bpd), o equivalente a apenas 0,1% da demanda global, em outubro e também concordaram que podem se reunir a qualquer momento para ajustar a produção antes da próxima reunião agendada em 5 de outubro, “para responder, se necessário, à evolução do mercado”.
O corte anunciado nesta segunda-feira anula a alta de produção de 100 mil barris/dia acordada há um mês, o que foi visto como um desprezo aos pedidos da Casa Branca por um aumento maior. Até agora, a Opep vinha resistindo aos apelos dos países ocidentais para abrir a torneira para conter o aumento dos preços e a inflação galopante.
Após o anúncio da medida, os preços para os contratos futuros do petróleo seguiam com fortes altas nesta segunda-feira. Por volta de 10h30, no horário de Brasília, o preço para o contrato de novembro do petróleo tipo Brent subia 3,98%, negociado a US$ 96,72, o barril. Já o preço para o contrato de outubro do tipo Texas (WTI), referência nos EUA, avançava 3,72%, cotado a US$ 90,10, o barril.
“Esse declínio simbólico não é uma surpresa após os rumores das últimas semanas”, reagiu Caroline Bain, analista da Capital Economics, em nota.
Por AFP-Paris*
