MPRJ obtém condenação de homem por homicídio qualificado de mãe e filha em Campos
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 1ª Promotoria de Justiça junto à 1ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes, obteve, na segunda-feira (08/09), a condenação de Adriano da Conceição de Lima, vulgo “Adrianinho”, a 45 anos, 3 meses e 10 dias de prisão, além de 20 dias-multa, pelo homicídio qualificado de Gilcilene Paes Pereira e sua filha, Izabelli Pereira Laurindo, e pela ocultação de cadáver desta última. Os crimes ocorreram em maio de 2014, no Assentamento Zumbi dos Palmares, em Campos dos Goytacazes.
De acordo com a denúncia, os crimes foram praticados após uma fútil discussão entre Gilcelene e Adriano durante a venda de um perfume, que resultou em agressões com pauladas e facadas. O corpo de Gilcelene foi abandonado no local do assassinato. Testemunha da morte da própria mãe, a filha da vítima, menor com apenas dez anos à época, foi golpeada na cabeça por Adriano – que não satisfeito, ainda ocultou o corpo da criança no fundo de um tanque de irrigação que fornecia água para animais da região. O cadáver só foi encontrado quatro dias depois.
O Conselho de Sentença acolheu integralmente as teses do Ministério Público e reconheceu a gravidade qualificadora do motivo fútil e do recurso que dificultou a defesa das vítimas. Trecho da sentença destacou a crueldade: “A frieza e a premeditação com que o crime foi executado, na residência da vítima e por meio de facadas e pauladas, (…) revelam uma conduta de extrema reprovabilidade e um total desapreço pela vida humana. O réu não apenas quis o resultado morte, mas executou a vítima de forma a manifestar um poder sobre a vida e a morte da vítima em plena comunidade”.
Além da pena de prisão, também foi fixada uma multa de 20 dias, sendo o valor do dia-multa fixado em 1/30 do maior salário-mínimo mensal vigente ao tempo do fato.
Por MPRJ