MPF denuncia pela 29ª vez Sérgio Cabral por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa
O Ministério Público Federal denunciou pela 29ª vez, nesta terça-feira (19), o ex-governador do Sérgio Cabral (MDB), em uma operação da Lava Jato.
Além dele, também foram denunciados Regis Fichtner, que foi secretário estadual da Casa Civil nos dois mandatos de Cabral, e o coronel da Polícia Militar Fernando França. Eles são acusados pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Fichtner e França foram presos preventivamente no mês passado, na operação Consigliere, mais um desdobramento da Lava Jato no Rio.
Regis é acusado pelos procuradores de ter recebido R$ 4,9 milhões em propina, com anuência do então governador Sérgio Cabral. Já o coronel Fernando França é acusado de ser o operador financeiro de Regis.
A propina era paga pelos doleiros Renato e Marcelo Chebar, Cláudio Barbosa, o Tony, e Vinicius Claret, o Juca Bala. Todos são delatores da lava jato. Segundo a denúncia, a propina era entregue em dinheiro vivo através da transportadora de valores TransExpert.
Os procuradores calcularam o valor total da propina paga a Regis através da soma dos valores encontrados no sistema de contabilidade ST, controlado pelos doleiros Tony e Juca Bala, e os valores constantes nos recibos da TransExpert.
Segundo a denúncia, Régis Fichtner é figura central do braço administrativo da organização criminosa chefiada por Cabral. Como chefe da Casa Civil, era o responsável por articular os atos de governo mais importantes, usando de sua habilidade jurídica para buscar soluções para justificar, por exemplo, alterações contratuais, editais de licitação, benefícios fiscais ou mesmo a contratação de obras.
Fonte: Com G1
