Lista da UERJ apresentada por Eduardo Paes pode não ser verdadeira
Opinião:
Na noite dessa terça-feira (9) o candidato Eduardo Paes mostrou em um live uma suposta lista de pessoas da UERJ que teriam sido alunos do juiz federal e candidato ao governo do estado Wilson Witzel.
Paes não revelou os nomes e as qualificações dos eventuais subscritores do suposto documento. Não seria necessário reconhecimento de firma, mas pelo menos os nomes.
A revelação de nomes de ex-alunos e forma aleatória não autoriza o uso de seus nomes para fins eleitorais.
Ainda no dia de ontem, cedo, esse documento teria circulado de forma apócrifa pelas redes sócias.
O código eleitoral tem tratamento diverso do código penal para infrações cometidas no período eleitoral, e com fins eleitorais.
Aqui não se trata de discutir questões de natureza flagrancial.
O documento foi apresentado por Eduardo Paes, portanto ele é responsável, pelo menos em tese, pela divulgação do documento e suas eventuais consequências jurídicas.
É manifestamente improcedente que Eduardo Paes venha trazer para dentro do debate eleitoral discussões acadêmicas de natureza jurídica envolvendo o candidato Wilson Witzel, que é candidato a governador e não a ministro do Supremo.
É cediço que a UERJ tem sido uma universidade em que o ativismo político é muito forte, o que é legítimo. Mas isso não autoriza que alguém divulgue uma lista apócrifa visando atacar a formação acadêmica de um juiz federal.
Ainda mais, segundo ele mesmo diz, o Eduardo, isso teria sido contestado por alguns alunos, sem revelar o nome deles.
Na minha terra isso é fake news.
A Globo só não contestou o documento porque Paes é amigo da família Marinho apresentado, politicamente por seu padrinho Sérgio Cabral.
Enquanto Eduardo Paes coloca todo seu aparato para tentar destruir a imagem do juiz ele tenta deixar de lado a falsidade das pesquisas encomendadas pela Globo ao governo do Rio de Janeiro e o vareio que recebeu do juiz nas urnas.
Parece que o povo acordou.
