Documentário sobre o Samba na Praça é lançado no canal do Sindipetro NF no YouTube
Já está disponível gratuitamente no canal do Sindipetro NF no Youtube o documentário “Terceiro Domingo: A história do maior e mais democrático projeto cultural de Campos dos Goytacazes”. Realizado pela produtora Arco Filmes com o apoio do sindicato, o filme lançado no último domingo (20/11) no Jardim do Liceu, conta a história do evento e de sambistas campistas consagrados nacional e internacionalmente.
Com cerca de 20 minutos, o documentário começa pela história dos trabalhadores ambulantes que, desde o início, ajudaram a fazer o evento – inclusive com doações aos responsáveis pela roda. Há ainda relatos curiosos como o músico que chegou a dormir na praça para não perder a hora do samba, depois de passar a madrugada cantando em shows pela cidade.
O filme também exalta a importância histórica de sambistas consagrados nacional e internacionalmente, como Wilson Baptista, Joel Teixeira, Delcio Carvalho, Assis Valente e Roberto Ribeiro – que passou a infância nos arredores da própria praça –, além de campistas que marcaram a história do samba e do carnaval na cidade, como Jorge da Paz de Almeida.
“Buscamos falar não apenas do evento em si, como também do Morrinho, berço do samba campista, e de músicos consagrados no Brasil e no exterior. É curioso que algumas músicas do repertório do Samba na Praça sejam de campistas, mas não são identificados por muitos conterrâneos”, disse o jornalista Hugo Soares, apresentador e diretor da Arco Filmes.
O lançamento oficial aconteceu no último domingo (20/11), Dia da Consciência Negra e, por coincidência, data da realização do evento de novembro. Além da tradicional roda de samba, houve também uma “sessão de cinema”: o filme foi exibido para o público presente num telão montado na praça pelo Sindipetro NF. O documentário também foi exibido numa TV instalada no local durante toda a apresentação do Samba na Praça.
“O Sindipetro tem uma enorme gratidão às cidades do Norte Fluminense por acolherem a categoria petroleira e, por isso, valorizar a história e a cultura da região é uma ação de justiça. Com isso, a gente busca fazer com que moradores, profissionais do petróleo, da cultura e também os trabalhadores informais que vivem desses eventos, tenham uma relação harmoniosa, para que todos nós tenhamos uma boa qualidade de vida”, afirmou o diretor do Sindipetro-NF, Tadeu Porto.
“No início, há sete anos, a estrutura era pequenininha. Não tinha tenda, cada um trazia sua mesa de casa, e tivemos de colocar dinheiro do próprio bolso. Hoje a nossa roda, depois que termina, começa a se espalhar pela cidade, e às vezes coincidentemente junta todo mundo e a festa continua”, disse Bida Leão, diretor do projeto, durante o documentário. “Aqui é o meu lazer, aqui é a minha praia. O Samba na Praça é o meu lugar.
Criado como uma reunião descontraída de amigos, o evento transformou-se num dos maiores projetos culturais e sociais de Campos, graças à iniciativa de arrecadar alimentos que são doados a instituições filantrópicas. O projeto, que acontece há sete anos, também entrou para o calendário cultural oficial do município. Entre as histórias do público que compõem os sete anos de Samba na Praça estão comemorações de aniversários, despedidas de solteiro e até batizados.
“O Samba na Praça é uma revolução do não fazer nada, é um grito da cultura de Campos. O povo vai pra lá não só pra sambar e curtir: vai dar o seu grito de liberdade cultural”, afirma o músico João Damásio, representante do Morrinho, durante o documentário.
Ascom*
