Delação de Carlos Miranda inclui secretaria de Ciência e Tecnologia e Loterj em esquema de Cabral
Um novo trecho da delação de Carlos Miranda envolvem a secretaria de Ciência e Tecnologia e a Loterj nos esquemas de propinas que seriam chefiados pelo ex-governador Sérgio Cabral.
Segundo Miranda, apontado como operador do grupo ligado a Cabral, na secretaria de Ciência e Tecnologia, os pagamentos de vantagens indevidas eram cuidadosamente divididos.
Carlos Miranda contou que foi informado do acordo por Sérgio Cabral e Wilson Carlos, então secretário de governo.
Miranda disse que do total da propina cobrada em contratos da secretaria, dois terços deveriam ser destinados a Alexandre Cardoso, para que Cardoso fizesse frente às despesas do partido dele e um terço ia para Cabral
Alexandre Cardoso era o secretário de Ciência e Tecnologia até 2012, quando venceu a eleição para prefeito de Caxias. Ele foi do PSB até 2013.
Carlos Miranda também revelou como eram feitos os pagamentos, Ele explicou que o vice-presidente da Faetec, que é ligada à secretaria, arrecadava os valores junto a fornecedores e avisava Wilson Carlos.
Wilson Carlos informava Sérgio de Castro Oliveira, o Serjão, outro operador financeiro do grupo, para coletar os recursos.
O vice-presidente da Faetec era Erly Magalhães. A delação cita que o presidente da Faetec era Celso Pancera, mas Miranda não fala nada sobre ele.
Miranda afirma que esses pagamentos ocorreram de 2007 a março de 2014.
E que eles continuaram mesmo após a troca do secretário, que passou a ser Gustavo Tutuca, já na gestão de Luiz Fernando Pezão.
Miranda diz que os valores eram arrecadados com periodicidade bimestral aproximadamente; que cada pagamento girava em torno de R$100 mil.
Gustavo Tutuca, hoje, é deputado estadual pelo MDB, e líder do governo Pezão na Alerj.
Loterj
O RJTV também teve acesso ao trecho da delação em que Carlos Miranda fala de propina envovendo a Loterj.com pagamentos para o ex-governador Sérgio Cabral.
