Na disputa pela presidência da Alerj, Rodrigo Bacellar tem vantagem, mas com dois concorrentes
Juntos na campanha, PL e União Brasil têm garantidas secretarias no governo Cláudio Castro (PL), mas a sucessão na presidência da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) opõe os partidos que elegeram as maiores bancadas na última eleição, com 17 e oito parlamentares, respectivamente. O nome que surge como favorito do governador, Rodrigo Bacellar (PL), atual titular da pasta de Governo (Segov), teria apoio, inclusive, de André Ceciliano (PT), que comanda a Casa atualmente e seria a ponte Castro-Lula. Apesar de esforços para a construção de uma candidatura única, Bacellar tem no calcanhar Jair Bittencourt (PL) e Márcio Canella (União), este último o deputado estadual mais votado do Rio. Além disso, segundo a oposição, pesa contra ele o escândalo da folha de pagamentos secreta do Ceperj, com alguns dos principais projetos investigados ligados à Segov.
Bacellar desconversa sobre a indicação, mas deixa as portas abertas, seja na Assembleia ou no governo. “Na Alerj ou na Segov, sempre estarei à disposição do governador, da população e dos meus colegas deputados”, diz em nota.
Numa corrente contrária, Canella atenderia a entendimento de que o União Brasil ficaria com a batuta da Alerj no primeiro biênio do governo. Mas, na disputa, Jair Bittencourt afirma que o PL, como maior partido da Casa, não abre mão da presidência. Segundo ele, o presidente do diretório estadual da sigla, o deputado federal Altineu Côrtes, já foi chamado a reunir a bancada para definir quem, no fim das contas, será o candidato do PL. A seu favor, Bittencourt evoca a articulação com diferentes matizes políticos da Assembleia.
— Tenho uma grande aprovação. Dos nomes postos, acredito que de 20 a 25 parlamentares prefiram o meu. Acredito que eu teria um aval maior, inclusive, da centro-esquerda — diz Bittencourt, atual primeiro vice-presidente da Mesa Diretora da Casa.
Dos 70 deputados eleitos, 45 pertencem aos 14 partidos que compuseram a coligação de Castro. Já na esquerda, PT, PSOL, PDT, PSB e PCdoB têm, juntos, 17 deputados. Nesse campo, parlamentares defendem que o nome para presidir a Casa seja escolhido dentro do Parlamento, sem imposição ou interferências do Palácio Guanabara. A eleição acontecerá em fevereiro.
Fonte: Extra