Promotora pede arquivamento de inquérito eleitoral que levou Crivella à prisão - Blog do Ralfe Reis

Promotora pede arquivamento de inquérito eleitoral que levou Crivella à prisão

Em requerimento enviado nesta segunda-feira à Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, a promotora Patrícia Tavares orientou o arquivamento do inquérito que levou Marcelo Crivella a ser preso preventivamente, de pijamas, em dezembro do ano passado no caso do “QG da Propina”. Transformada num processo criminal em fevereiro, a investigação mirava um “balcão de negócios” favorável a políticos e empresários na gestão do ex-prefeito do Rio.

Em abril, Gilmar Mendes, ministro do STF, retirou a ação da esfera comum do Judiciário e a enviou para o âmbito eleitoral. A movimentação aconteceu após pedido de um dos réus — o contraventor Licínio Bastos, condenado após ser preso na Operação Furacão, em 2007, e denunciado sob a suspeita de investir na campanha de Crivella em 2016 para receber milhões durante o mandato. A defesa de Bastos alegou, com a anuência de Gilmar, que a hipótese de caixa dois aproximava o caso da Justiça Eleitoral.

Patrícia Silveira Tavares, no entanto, discorda. Diz a promotora:

“Não há nenhum elemento de prova que induza à conclusão da efetiva utilização desse dinheiro em campanha eleitoral ou que até mesmo justifique o aprofundamento das investigações neste sentido”.

Além de pedir a mudança de competência do “QG da Propina”, Patrícia solicita a “imediata remessa” do caso para a Justiça comum, com a intenção de que a ação possa prosseguir. Um dos crimes apurados, no entanto, é o de caixa dois. O STF, desde 2018, diz que cabe à Justiça Eleitoral dar conta do assunto.

Fonte: Blog do Lauro Jardim

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