Flávio Bolsonaro depõe por vídeo sobre caso das 'rachadinhas' - Blog do Ralfe Reis

Flávio Bolsonaro depõe por vídeo sobre caso das ‘rachadinhas’

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Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) prestou depoimento nesta terça-feira (7) ao Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) do Ministério Público do Rio. O senador foi ouvido por videoconferência na investigação do caso das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

O senador e sua mulher, Fernanda Nantes, foram intimados pelo MP a prestar depoimento sobre as suspeitas de participarem do esquema em que funcionários de seu gabinete devolveriam parte do salário para o parlamentar, na época deputado estadual.

A investigação
Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, é apontado como chefe de uma organização criminosa que atuou em seu gabinete, segundo o MP. Entre 2003 e 2018, ele cumpriu quatro mandatos parlamentares consecutivos.

A estimativa é que cerca de R$ 2,3 milhões tenham sido movimentados no esquema de “rachadinha”. O dinheiro, segundo a investigação, era lavado com aplicação em uma loja de chocolates no Rio da qual o senador é sócio e em imóveis.

No último dia 25, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RJ decidiu, por 2 votos a 1, por acatar o pedido de habeas corpus da defesa do senador Flávio Bolsonaro. Com a decisão, o inquérito saiu da primeira instância e será avaliado pelo Órgão Especial, na segunda instância.

O argumento da defesa é a de que Flávio Bolsonaro tem direito ao foro privilegiado de deputado estadual, mandato que exerceu até 2018, quando foi eleito para o Senado.

Para ministros do Supremo Tribunal Federal o TJ-RJ contrariou a corte ao conceder foro a Flávio Bolsonaro, porque decisões anteriores do STF já teriam criado jurisprudência para negar o foro neste tipo de situação, quando o deputado já não está mais no mandato.

Mesmo como habeas corpus, o Gaecc continuou à frente do caso. O MP diz que a Chefia Institucional delegou aos promotores do grupo os poderes para prosseguirem nas investigações mesmo com a mudança de instância. Agora, eles respondem ao procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem.

G1*

Alerj

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