BR-101, terra de ninguém: campistas passam por momento de terror no feriado - Blog do Ralfe Reis

BR-101, terra de ninguém: campistas passam por momento de terror no feriado

Do blog Ponto de Vista, de Christiano Abreu Barbosa

No final de julho foi publicada aqui a nota “BR-101, terra de ninguém”, retratando as péssimas condições de segurança da rodovia, que expõem a graves riscos campistas e usuários que ali trafegam, em especial na Niterói-Manilha no trecho existente entre os kms 307 e 309, a “Terra de Ninguém”, a “Faixa de Gaza” situada ao lado do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.

A onda de assaltos na BR-101 não para e já atingiu vários campistas que trafegam na rodovia. A mais nova vítima foi uma família que vinha hoje à tarde do Sul do país para o enterro de seu patriarca, um renomado e importante médico da cidade, em Campos. Ele faleceu ontem (quinta-feira) à noite.

O assalto ocorreu entre os kms 307 e 309, a “Terra de Ninguém”, por volta de 14h00. A filha do falecido médico vinha, no sentido Rio-Campos, com o seu marido e suas duas filhas para o enterro do pai, após ter pousado no aeroporto do Rio em vôo vindo de Curitiba.

O veículo, uma L-200, era conduzido por um motorista enviado por seu irmão, o dono do veículo. Na altura da “Terra de Ninguém”, ao lado do Complexo do Salgueiro, houve um arrastão, que chegou até a caminhonete. Eram 3 bandidos armados, que ordenaram, apontando armas, que o motorista e a família saíssem do veículo.

A L-200 foi roubada, com todos os pertences pessoais das vítimas, como malas, telefones celulares, carteiras e documentos. Um outro motorista que assistiu a cena deu carona para que as vítimas registrassem o caso na Polícia Rodoviária Federal e na 73ª Delegacia de Polícia, em São Gonçalo.

A ocorrência foi registrada e o seguro foi acionado, sendo necessário o envio de dois carros para que as vítimas do assalto pudessem ser resgatadas e levadas até Campos. O trauma psicológico, além do grande prejuízo material, não parou por aí.

Em função do enorme atraso gerado pelo assalto, o enterro teve que ser adiado e o velório teve que ser estendido para que a família pudesse enterrar seu ente querido em paz, o que somente ocorrerá amanhã de manhã. Na BR-101, infelizmente, não se tem paz, seja em vida ou seja após a morte.

Comente