Arquivo Público de Campos faz digitalização de inventários e testamentos do período colonial
O Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho, administrado pela Prefeitura de Campos, por meio da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), tem desenvolvido um projeto de digitalização de inventários e testamentos do período colonial. O trabalho é realizado com financiamento da Fundação de Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e, após concluído, toda a documentação será disponibilizada virtualmente através de um site que também está sendo desenvolvido, com previsão de ir ao ar até o final deste ano.
Ao todo serão digitalizados 648 processos do período colonial, sendo o mais antigo com data de 1698. Até o momento, mais de 50 mil páginas já foram digitalizadas através de um trabalho minucioso para que a qualidade dos documentos não seja deteriorada.
O supervisor de conservação documental do Arquivo Público, Luís Felipe Ferreira, explicou como o trabalho de digitalização é feito. “Esse projeto tem financiamento da Faperj e prevê o tratamento, a digitalização e a difusão de documentos de inventários e testamentos referidos do Brasil colonial. Então, as etapas de tratamento são a organização, a limpeza desses documentos, sendo que alguns precisam de reparos por conta da degradação do suporte, e depois eles são digitalizados. Depois da digitalização é feito todo o controle de qualidade e posteriormente esses documentos vão ser disponibilizados ao público em um site que a gente vai produzir também”, disse.
De acordo com o supervisor, o trabalho está quase finalizado. “Agora a gente está fazendo os ajustes finais, controle fino de qualidade e a preparação final do site também. A expectativa é que esse site entre no ar até o final do ano e o legal também é que o site vai ficar disponível no portal da Prefeitura de Campos, então o cidadão poderá acessar por lá também”, comentou.
Luís Felipe ressaltou, ainda, a importância da preservação dos documentos históricos. “A digitalização dos documentos é fundamental para a conservação deles. Quando você pode disponibilizar para o pesquisador um documento em formato digital, ao invés de disponibilizar o original físico, você evita o manuseio e a degradação desses documentos. Então, é sempre melhor você ter o acervo digitalizado. A expectativa é que no futuro nosso acervo todo seja digitalizado, e isso é fundamental para manter viva essa memória da preservação desse patrimônio documental histórico que a gente tem aqui no nosso Arquivo”, concluiu.
Secom*