MPF oferece denúncia que comprova nomeações indevidas e propinas na Alerj

A partir de apurações da Operação Furna da Onça, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça dez deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o ex-governador Sérgio Cabral e outras 17 pessoas, entre ex-secretários de Estado, atuais e ex-assessores na Alerj e gestores da cúpula do Detran-RJ. Na denúncia protocolada hoje (14/12) no Tribunal Regional Federal na 2a Região (RJ/ES), essas 28 pessoas são acusadas de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa em esquemas envolvendo nomeações viciadas e pagamentos de propinas a deputados em troca de apoio aos governos Cabral (2007-14) e Pezão (2014-18). Além de Cabral, lideraram essa organização pluripartidária os ex-presidentes da Alerj Jorge Picciani e Paulo Melo, ambos do MDB.
A operação investigou esquemas de propinas mensais e prêmios pagos a deputados aliados e oferecimento de postos de trabalho em órgãos estaduais detectados pelo MPF, Polícia Federal, Receita Federal e Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Os esquemas uniam parlamentares de oito partidos: André Correa (DEM), Edson Albertassi (MDB), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (SD), Jorge Picciani (MDB), Luiz Martins (PDT), Marcelo Simão (PP), Marcos Abrahão (Avante), Marcus Vinicius “Neskau” (PTB) e Paulo Melo (MDB). Eles e seus assessores – incluindo o vereador Daniel Martins (PDT-Rio), operador e enteado do deputado Luiz Martins – foram denunciados ao TRF2, que julgará se acolhe a denúncia, dando início ao processo penal.
