15/08/2025
Economia

Campos recebe Participação Especial dos Royalties com forte queda

Blog do Ralfe Reis - Conteúdo exclusivo e credibilidade

Os municípios produtores recebem nesta sexta-feira, 15, a terceira Participação Especial deste ano. E a notícia não é boa para a maioria que terá valor creditado com queda. É o caso de Campos, que receberá R$ 4 milhões contra R$ 8,4 milhões de maio – uma queda de 51, 7%.

São João da Barra teve a segunda maior queda da região – 75,8%: serão creditados R$763,5 mil contra R$ 3,2 milhões de maio. Só Saquarema teve queda maior e não receberá nada.

Macaé teve alta de 26% – R$ 505 mil contra 400,7 mil da vez passada.

Já Quissamã que não recebeu nada na vez passada, agora terá R$ 54 mil.

Rio das Ostras queda de 26,4% – R$ 1,5 milhão, na última foi R$ 2 milhões.

Cabo Frio – queda de 35,9% e irá receber R$ 4,5 milhões e de maio foi R$ 7 milhões.

Superintendente de Petróleo, Gás e Tecnologia da Prefeitura de São João da Barra, Wellington Abreu explica o cenário que resultou nestes valores de PE:

– A Participação Especial é uma receita trimestral calculada sobre o resultado dos campos de alta rentabilidade, diferente dos royalties, e reflete preço do Brent, câmbio, produção e as deduções de investimentos e custos. No repasse que será creditado amanhã 15/08, observo recuo em relação ao trimestre anterior, explicado pela trajetória de queda do Brent no período de apuração (médias de US$ 75,83 entre nov/24–jan/25; US$ 72,10 entre fev/25–abr/25; e US$ 69,76 entre mai/25–jul/25) e por um ciclo mais intenso de investimentos e manutenção nos campos que contribuem na nossa arrecadação. Em São João da Barra, com influência direta aos campos de Roncador e Frade, essas despesas elevam as deduções no curto prazo e reduzem a base da PE, que são necessárias para aumentar a recuperação dos reservatórios e prolongar a vida útil dos ativos. O mercado segue volátil por decisões da OPEP+, dinâmica do xisto nos EUA, logística, estoques, dólar e geopolítica — e essa volatilidade se transmite aos repasses. Diante disso, mantemos prudência fiscal, planejamento e transparência: seguimos preservamos serviços essenciais, ajustando o cronograma de pagamentos à entrada efetiva dos recursos e trabalhamos com cenários de preço e câmbio para garantir estabilidade e continuidade das políticas públicas. Este é o menor repasse, desde 2021 no período da COVID-19 – destaca o especialista.

Com informações blog da Suzy Monteiro.

Tribuna NF - Seu Jornal Online

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *