Com punição a Bretas, advogados projetam anulações em série na Lava-Jato do Rio
A punição aplicada a Marcelo Bretas, /antigo juiz da Lava-Jato no Rio, levará a uma onda de questionamentos — e, provavelmente, de anulações — em processos da operação tocados por ele.
Isso porque o CNJ, ao aposentar Bretas compulsoriamente, entendeu que, enquanto magistrado, ele teria incorrido numa série de irregularidades que podem tê-lo tornado um juiz suspeito para analisar processos. Ao menos é esse o diagnóstico feito por advogados de réus da Lava-Jato que acompanharam a fundamentação do voto do relator da punição, desembargador José Rotondano.
Para o conselheiro, Bretas agiu pressionando investigados, combinando penas, direcionando acordos de delação e até interferindo em eleições. Ficou comprometido, então, seu dever de imparcialidade.
A partir dessa tese, as defesas dos réus devem, nas próximas semanas, se movimentar pelo fim de cada processo derivado da Lava-Jato da fluminense. Isso porque, na raiz das ações, estão tramitações com as “digitais” de Bretas, sobretudo as delações que ele homologou. A análise caberá à Justiça Federal do Rio de Janeiro, inicialmente, mas pode ser levada em seguida aos tribunais superiores.
Nos últimos anos, como aconteceu na Lava-Jato do Paraná, o conjunto de causas da operação no Rio já vinha sendo desigupor decisões diversas do TRF-2 (Rio e Espírito Santo).
Fonte: Blog do Lauro Jardim