01/05/2025
Política

Polícia Federal instaura inquérito sobre origem dos R$ 100 mil apreendidos no carro de Léo Vieira

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A Polícia Federal de Nova Iguaçu instaurou um inquérito para apurar a origem dos R$ 117 mil e US$ 15 em espécie apreendidos no carro do prefeito de São João de Meriti, Léo Vieira.

Ele alegou que, por também atuar como comerciante, volta e meia circula com dinheiro em espécie. Vieira tem uma empresa familiar no ramo de automóveis.

À polícia, Vieira disse ainda que não faz transferências bancárias, e que o dinheiro era para pagamentos. O parlamentar falou que o valor foi declarado à Receita Federal (veja a nota completa mais abaixo).

“Antes de ser prefeito, eu sou comerciante. Nós temos aí na família um comércio de veículos. A gente faz muito negócio, e na maioria das vezes é em sistema bancário, mas às vezes é em espécie. A gente tinha programado para fazer o pagamento de serviços, de comerciantes e também de negócios de carros”, pontuou Vieira.

O montante segue retido. Segundo a PF, se a procedência dos valores for confirmada, os valores serão devolvidos ao prefeito.

Placa da Alerj

Nesta terça-feira (25), Veira foi levado para a delegacia depois de ser parado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Dutra usando um carro com placa da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj) e com mais de R$ 100 mil em dinheiro.

Segundo a PRF, Vieira estava dirigindo um carro alugado com uma placa reservada da Alerj sobre a placa original do carro.

Ainda segundo os policiais, o prefeito alegou que o carro estava em processo de regularização para o uso da placa da Alerj, mas não apresentou nenhum documento que pudesse confirmar isso.

Questionado pelo RJ1 nesta sexta, Léo Vieira afirmou que o veículo oficial ainda não foi requisitado pela Alerj, e que quando obtiver outro carro vai devolver à Assembleia.

“É uma coisa administrativa, eu não cometi nenhum crime utilizando o carro”, afirmou Vieira.

A Alerj disse apenas que a concessão e o controle de placas reservadas é atribuição do gabinete da segurança institucional do governo do estado.

Já o governo do estado disse que o gabinete de segurança institucional autoriza a vinculação da placa reservada a um veículo, desde que os requisitos legais sejam cumpridos. Mas que a responsabilidade pelo uso da placa é do órgão solicitante.

Mas não esclareceu quem solicitou a placa para Léo Vieira.

Nota de Léo Vieira

“O prefeito Léo Vieira informa que sobre a questão do veículo, se trata de uma placa reservada, devidamente autorizada, conforme documentação da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj).

Em relação ao dinheiro, o prefeito Léo Vieira estava saindo de casa em direção a sua empresa familiar no ramo de automóveis, com mais de 25 anos de atuação, e foi abordado pela PRF. Vale ressaltar que o dinheiro em posse do prefeito está declarado no Imposto de Renda, e seria destinado para pagamentos.”

Eleito no 1º turno

Leo Vieira foi eleito no primeiro turno com 50,36% dos votos válidos depois que o Tribunal Regional Eleitoral do RJ indeferiu o registro da chapa encabeçada pelo candidato Prof. Joziel (DC).

A chapa de Joziel não cumpriu o prazo legal para a troca do candidato a vice-prefeito, Felipe Castro da Silva, que teve seu registro indeferido com trânsito em julgado da sentença no dia 11 de setembro.

A chapa poderia ter feito a troca do candidato a vice-prefeito até o dia 17 de setembro. Como eles não cumpriram o prazo, a chapa foi considerada “irremediavelmente inviabilizada” pela juíza.

Fonte: Com informações G1

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