Traficante Nem é condenado a 66 anos de prisão por duplo homicídio - Tribuna NF

Traficante Nem é condenado a 66 anos de prisão por duplo homicídio

O Conselho de Sentença do III Tribunal do Júri condenou, no fim da noite desta quarta-feira, o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem, a 66 anos de prisão, pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver cometidos contra a modelo Luana Rodrigues de Sousa e a amiga dela, Andressa de Oliveira, em maio de 2011.

Na sentença, a juíza Tula Corrêa de Mello destacou a liderança que Nem exercia na comunidade da Rocinha.

“Assim, considerando o longo período da apontada liderança, bem como a vastidão de agentes sob o comando do acusado, que exercia poder avocando funções exclusivas do Estado, impedindo, inclusive, que o Estado exercesse na plenitude sua soberania, face ao exército de criminosos associados e cumpridores de ordens do réu e, finalmente, o poder bélico necessário para a garantia da liderança na comunidade.”

Outro condenado pelo Conselho de Sentença por participação no crime foi Thiago de Souza Cheru. A decisão determinou 30 anos e quatro meses de reclusão a Thiago. Já os réus Anderson Rosa Mendonça e Rodrigo Belo Ferreira foram absolvidos.

Os réus participaram do júri pelo sistema de videoconferência, com exceção de Anderson, que solicitou, através do seu advogado, para não assistir ao julgamento. Nem cumpre pena no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia, na região Norte do país. Os demais estão no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Nesta terça-feira, na primeira audiência, a juíza Tula ouviu algumas das 25 testemunhas de acusação e 19 de defesa dos réus. A sessão foi interrompida após de sete horas de duração, por queda na conexão com a internet. Retomada no início da tarde desta quarta, a juiza seguiu interrogando Nem.

O traficante negou as acusação. Ele se defendeu afirmando que não conhecia as vítimas e que foi preso, em novembro de 2011, antes de descobrir quem “armado” para ele. Nem disse ainda que desde o fim de 2009 e início de 2010 negociava sua rendição com a polícia e a Secretaria de Segurança.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime teria ocorrido pelo fato de as jovens terem desaparecido com uma carga de haxixe, avaliada em R$ 30 mil.

Fonte: Extra

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