Polícia Civil prende três em operação de combate à pornografia infantil - Tribuna NF

Polícia Civil prende três em operação de combate à pornografia infantil

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu três homens nesta quinta-feira (28) em mais uma etapa da Operação Luz na Infância, de combate à pornografia infantil.

O objetivo é cumprir 12 mandados de busca e apreensão – durante os quais pode haver flagrante de material, como fotos e vídeos, o que leva à prisão. Computadores foram apreendidos e serão periciados na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática.

Essa é a quarta fase da Operação Luz na Infância, que é resultado de um esforço nacional de combate ao crime. Mandados estão sendo cumpridos em todo o país.

‘Imagens absurdas’

Segundo o titular da Delegacia de Atendimento à Criança e Adolescente Vítima, Adilson Palácio, as imagens coletadas nos computadores são a prova mais forte do cometimento dos crimes.

“Nós temos coletadas com esses autores imagens absurdas, que envolvem crianças de 5, 6, 10 anos de idade. O objetivo é combater o crime com a prisão desses indivíduos que têm armazenado ou transmitem essas imagens”, explicou Palácio.

Os mandados estão sendo cumpridos na capital, na Região Metropolitana e em Miguel Pereira e Barra Mansa, no interior do RJ. Equipes do Departamento-Geral de Polícia Especializada auxiliam na operação.

Em novembro do ano passado, na terceira fase da operação, cinco pessoas foram levadas para a mCidade da Polícia, em Bonsucesso, e três foram presas. Quatro suspeitos não foram localizados.

Cuidados

Segundo Palácio, a operação foi iniciada pelo Ministério da Justiça, que passou as informações para as polícias civis dos estados, que buscaram no Judiciário os mandados. O fato de uma pessoa armazenar tais imagens, segundo ele, já configura crime.

“O fato da pessoa ter imagens, fotografia ou vídeo, que envolva sexo com crianças e adolescentes, isso, por sinal, já configura o crime de pedofilia. Por ter essas imagens no computador a pessoa já está cometendo o crime”, afirmou o delegado.

Para Pablo Sartori, delegado da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, é importante que os pais fiquem atentos e procurem a polícia caso encontrem algo suspeito.

“Embora a gente tenha que preservar a individualidade, a intimidade dos nossos familiares, é importante ter em mente que criança é mais suscetível a ser enganada. Sugiro aos pais que tenham acesso a todos os dispositivos com internet dos filhos, tenham as senhas e façam regularmente uma busca pra ver o material que eles estão recebendo, se o contato que estão recebendo não tem um viés de pedofilia”, orientou Sartori.

“O criminoso que busca esse material nunca se identifica. Usa imagens de terceiros, imagens falsas de outra criança, muitas vezes de adolescentes famosos pra poder atrair e criar um vínculo de confiança”, explicou o delegado.

Fases anteriores
Na segunda fase da operação, em maio, foram cumpridos mandados em 24 estados e no Distrito Federal. No Estado do Rio, dezenas de pessoas foram presas. Uma delas foi localizada no bairro do Maracanã, na Zona Norte da capital fluminense, onde agentes encontraram imagens de crianças no computador do suspeito. Entre os materiais apreendidos, havia bonecos infantis.

A primeira fase da operação foi realizada em 2017, quando agentes cumpriram mandados de prisão em 24 estados e no Distrito Federal. A Operação Luz da Infância conta com 1.100 policiais e tem mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva.

Os alvos foram identificados por meio de um trabalho de cooperação entre a Diretoria de Inteligência da Senasp e a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega em Brasília (US Immigration and Customs Enforcement-ICE). A investigação durou seis meses e foi coordenada pela Diretoria de Inteligência (DINT).

Brasil

A ação nacional é coordenada pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública e realizada pelas polícias civis de cada estado.

Entre os crimes identificados na operação, estão o armazenamento, o compartilhamento e a produção de pornografia infantil. As penas variam de 1 a 8 anos de prisão.

A operação é realizada nos 26 estados e no Distrito Federal e envolve 133 cidades. Ao todo, estão sendo cumpridos 266 mandados de busca e apreensão. Até as 9h, 62 pessoas foram presas em flagrante.

Fonte: G1

Alerj

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