Polícia Civil faz operação contra milícia ligada a Orlando Curicica em Itaboraí - Tribuna NF

Polícia Civil faz operação contra milícia ligada a Orlando Curicica em Itaboraí

A Secretaria de Estado de Polícia Civil e Ministério Público do Rio (MPRJ), por meio da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), realizam, na manhã desta quinta-feira, uma operação para cumprir 74 mandados de prisão e 93 de busca e apreensão contra a milícia que atua em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. Ação é denominada como Salvator, e já tem 42 presos.

O principal alvo da operação desta quinta já foi preso. O PM Fábio Nascimento de Souza, conhecida como China, é apontado pela polícia como um dos chefes do grupo criminoso, que foi constituído como uma espécie de ‘franquia’ da milícia liderada por Orlando Curicica, que é acusado de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, e está preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Curicica era apontado como fornecedor de armamento e ‘soldados’ para a milícia de Itaboraí, que é liderada por Renato Nascimento dos Santos, conhecido como “Renatinho problema “ ou ‘Natan’, que dava em troca das armas parte dos valores arrecadados em na região.

Renatinho problema, considerado um dos braços-direito de Curicica, está preso desde dezembro de 2019, pela acusação de participação na morte de Marielle e Anderson. Orlando, apesar de também já estar preso, também é alvo de ação desta quinta.

Segundo as investigações, essa organização criminosa é responsável por inúmeros casos de homicídios, torturas, extorsões, desaparecimento de pessoas e cemitérios clandestinos. Entre os presos de hoje estão o ex-PM Alexandre Louback, conhecido como Playboy, e a ex-mulher dele. Também estão detidos, autores da chacina que deixou dez mortos no dia 20 de janeiro na cidade.

O delegado responsável pela operação, Gabriel Poiava, em entrevista o programa “Bom Dia Rio’, da TV Globo, afirmou que o fato da grande quantidade de mulheres atuantes como cobradoras das taxas impostas pela milícia e algo que chama a atenção nesse grupo criminoso.

— Um outra coisa que prevalece nessa organização criminoso é o forte requinte de crueldade. Algumas vítimas foram torturadas e outras fopram mutiladas — afirmou Gabriel.

Ainda de acordo como MP, os integrantes desse grupo criminoso são apontados como autores, em parceria com policiais militares, da maior chacina já ocorrida em Itaboraí, em 20 de janeiro de 2019, em que 10 pessoas foram mortas.

A ação desta quinta tem o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Militar.

Fonte: Extra

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